A entrada impune de material pirotécnico nos estádios de futebol continua a ser uma dor de cabeça para os clubes portugueses. Apesar dos esforços para controlar o acesso destes materiais, as claques conseguem constantemente fazer chegar tochas e sinalizadores para as bancadas, o que tem gerado pesadas multas e até interdições de jogos para as equipas.
Um exemplo recente ocorreu na partida entre o Benfica e o Barcelona, da Liga dos Campeões. Aos 36 minutos de jogo, uma verdadeira chuva de tochas foi lançada das bancadas ocupadas pelas claques das águias, levando à interrupção da partida. A UEFA, que gere as competições europeias, deverá agora sancionar o Benfica por mais este incidente.
Chuva de tochas interrompe jogo do Benfica na Champions
Muitos assobios dos adeptos do Benfica e protestos dos jogadores, face ao uso de pirotecnia. Sanções à vista, uma vez mais, para os encarnados. UEFA tem mão pesada para estas situações, escreveu o jornal A BOLA no acompanhamento do jogo.
Este não é, infelizmente, um caso isolado. Basta uma rápida pesquisa no site do mesmo jornal para encontrar inúmeros episódios semelhantes envolvendo diferentes clubes portugueses. O Sporting, por exemplo, já sofreu castigos por incidentes com tochas atiradas contra os seus jogadores, como aconteceu num jogo da Liga Europa, em Brugges.
Clubes não conseguem controlar adeptos
As claques já não operam tão impunemente como há alguns anos, podendo tomar-se o exemplo do Sporting, mas mesmo o clube de Alvalade não consegue controlar estas ações e, depois de tochas terem sido atiradas diretamente contra os jogadores em Brugge, ficou sem adeptos em Leipzig, refere o artigo Para lá da linha.
Além do material pirotécnico, outro ponto de discussão são as restrições à entrada de itens pessoais, como garrafas de água, nos recintos desportivos. Muitos adeptos queixam-se de terem de deitar fora itens que consideram inofensivos, enquanto continuam a entrar nos estádios materiais mais perigosos e proibidos.
Novos métodos precisam ser encontrados
Bem sei que, além da questão da segurança, lá dentro querem vender-me a mesma água pelo dobro do preço, mas o desperdício que ali se faz é, para mim, escandaloso, afirma o autor do texto Para lá da linha.
A verdade é que, apesar dos esforços dos clubes e das autoridades, a entrada de pirotecnia continua a ser um problema persistente no futebol português. As sanções aplicadas, como multas e interdições de jogos, não parecem ter sido suficientes para acabar com esta prática. Será necessário encontrar novas formas de combater este fenômeno, de modo a garantir a segurança nos estádios e a preservar a imagem do futebol nacional.