Nolito é um jogador espanhol já retirado que vai acompanhar com o coração dividido o duelo desta noite entre o Benfica e o Barcelona, duas equipas pelas quais representou ao longo da carreira.
O antigo avançado, que jogou pelo Barcelona entre 2008 e 2011, recordou em entrevista as razões que o levaram a rumar a Lisboa em 2011, após não ter conseguido afirmar-se na Catalunha.
O Barcelona que deixou e o Benfica que escolheu
Sou adepto do Barcelona, sempre fui adepto do Barcelona desde criança. Mas o contrato com o Benfica, sinceramente, resolvia-me a vida. Gostaria de ter ficado no Barcelona, ser titular e receber o mesmo dinheiro que no Benfica, mas ninguém me ia garantir isso naquela altura. E com os magníficos jogadores que havia no Barcelona... pensei, aqui sou o último a ser escolhido, explicou Nolito.
Desta forma, Nolito acabou por aceitar a proposta do Benfica, clube onde jogou durante duas épocas, com a primeira a ser mais profícua (15 golos em 48 jogos na época 2010/11). No Benfica foi uma maravilha, sinceramente. Fiquei muito feliz, deu-me a oportunidade de jogar na Liga dos Campeões, de jogar na Liga portuguesa, e a verdade é que também aprendi. Trataram-me muito bem, recordou.
Expectativas no duelo Benfica-Barcelona
Já sobre o embate desta noite entre as duas equipas, Nolito antevê um encontro equilibrado. Penso que o Benfica vai dificultar-lhes a vida. É evidente que o Barça está a um nível impressionante, mas o Benfica é uma equipa difícil no seu estádio e está-se a jogar a Liga dos Campeões, avaliou. No entanto, não se atreve a apontar um vencedor: Estes jogos assustam-me. Já quando se aproxima a final da Liga dos Campeões, o final da época, penso que os pequenos erros custam caro. Não me atrevo a dar um resultado.
Uma carreira de privilégios
Nolito fez ainda uma curta passagem pelo Manchester City em 2016/17, mas considera-se um privilegiado pela carreira que construiu. Sou um privilegiado, fui um privilegiado e estou muito orgulhoso de mim, ainda que seja eu a dizê-lo. Antes não dava tanta importância, mas tive a sorte de me estrear no Barcelona de Pep Guardiola no nível em que se encontrava na altura, que era o de ganhar tudo. Joguei no Benfica, o melhor clube de Portugal, no Manchester City.... Não me posso queixar. No Celta passei os momentos mais felizes de toda a minha carreira. Adoro o Celta. Fui privilegiado, porque fiz o que queria fazer desde pequeno e pagaram-me muito dinheiro.