Daniel Sousa, o promissor treinador português que está a afirmar a sua própria visão do jogo

  1. Treinador português em ascensão
  2. Colaborador de André Villas-Boas
  3. Influenciado pela ascensão de José Mourinho
  4. Final conturbado no Sporting de Braga
  5. Vitória expressiva sobre o FC Porto pelo Vitória de Guimarães

Ascensão como treinador


Daniel Sousa, de 40 anos, é um dos treinadores portugueses em ascensão no futebol nacional. Após uma passagem como observador e colaborador de André Villas-Boas em diversos clubes, Sousa tem vindo a afirmar-se como um técnico com uma visão tática e estratégica própria, como demonstrou durante a sua breve, mas marcante, passagem pelo Gil Vicente na época transata.

Nascido a 3 de outubro de 1984, um dia historicamente cheio de futebol, Sousa nunca escondeu a influência que a ascensão de José Mourinho, nos anos 2000, teve na sua escolha pela carreira de treinador. «Completamente. Há pessoas que marcaram a minha carreira por impacto direto e outras por impacto indireto. Uma das pessoas que tiveram impacto indireto foi, sem dúvida, o José Mourinho», revela o técnico.

Colaboração com André Villas-Boas


Foi precisamente através de Mourinho que Sousa conheceu André Villas-Boas, pela altura em que este era adjunto do Special One no FC Porto. «O André mostrou abertura e passei a estar em contacto com ele. Aquilo que noto nas pessoas com alto nível de competência é terem uma partilha muito grande, sem qualquer tipo de problema. E foi isso que senti do André logo na primeira impressão», recorda Sousa.

Quando Villas-Boas seguiu para a Académica, Sousa integrou a sua equipa técnica como observador, dando início a uma colaboração que os levaria por vários países, como Inglaterra, Rússia, China e França. «Realidades bem distintas obrigam-nos a adaptações metodológicas e de ideias de jogo, as quais, estando só em Portugal, não melhoramos», explica Sousa, sobre essa experiência internacional.

Já sobre o período de grande sucesso de Villas-Boas no FC Porto, em 2010/11, quando conquistaram a Liga Europa, o campeonato, a Taça de Portugal e a Supertaça, Sousa revela que «marcou-me de forma extremamente positiva, obviamente, também com os resultados, claro.» E não esconde o apreço que nutre pelo atual presidente do clube azul e branco: «Reconheço-lhe imensas competências e capacidades. É meu amigo, tenho uma estima muito grande por ele, agradeço-lhe tudo o que fez por mim e desejo-lhe o maior sucesso do mundo.»

Passagem conturbada pelo Sporting de Braga


Apesar da sua amizade com Villas-Boas, Sousa não hesitou em aceitar o convite do rival Sporting de Braga para assumir o comando técnico da equipa no início da temporada 2024/25. Contudo, a sua passagem pelos minhotos ficou marcada por um final abrupto, com o presidente António Salvador a pôr em causa a «integridade moral» do treinador. «A partir desse comunicado, as negociações ficaram um bocadinho comprometidas e mais difíceis. Sim, estou magoado com António Salvador», assume Sousa.

Entrada no Vitória de Guimarães


Após essa saída do Braga, Sousa acabaria por ingressar no Vitória de Guimarães, um clube que diz ter sido a sua preferência desde o início. «Porque aquela massa adepta é aliciante», justifica. E no Vitória, Sousa conseguiu garantir o apuramento europeu, inclusive com uma vitória sobre o FC Porto no Dragão, algo que o técnico desvaloriza, atribuindo o mérito aos seus jogadores: «Não é falsa modéstia, é mesmo assim. Teve mais a ver com os jogadores, até porque a equipa do Gil era muito interessante.»

Manter os pés bem assentes


Apesar dos bons resultados e do destaque que tem vindo a conquistar, Sousa mantém os pés bem assentes na terra. «Não centro muito as coisas em mim», disse, sobre a sua saída polémica do Braga. E mesmo na sua curta, mas brilhante, passagem pelo Gil Vicente, Sousa prefere destacar a qualidade do seu plantel, mencionando jogadores como Fran Navarro, Tomás Araújo, Fugimoto, Vítor Carvalho e Adrián Marín.

Sousa revela que, durante a sua carreira, já recebeu convites de clubes estrangeiros, mas optou por continuar no futebol português, acreditando que aqui pode desenvolver melhor o seu trabalho. E com a sua capacidade de adaptação a diferentes contextos, bem como a sua visão tática e estratégica, é expectável que Daniel Sousa continue a afirmar-se como um dos nomes mais promissores do panorama treinador nacional.

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  3. Tebas alega que esses subsídios permitem ao Manchester City contratar jogadores e treinadores a preços muito acima do mercado
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