A morte de Pinto da Costa, presidente do FC Porto durante mais de três décadas, deixou o mundo do futebol português em luto. No entanto, o líder da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do clube portista, António Tavares, criticou este domingo a ausência de notas de condolências oficiais por parte dos principais rivais, Benfica e Sporting.
Segundo Tavares, «parece-me uma atitude pouco pensada» o facto de os dois clubes não terem emitido qualquer comunicado institucional sobre o falecimento de Pinto da Costa, uma figura incontornável do futebol nacional. O dirigente do FC Porto defendeu que «nestes momentos devemos saber distinguir a posição institucional da posição pessoal», lembrando que o seu clube já o fez em ocasiões semelhantes, como com a morte de Chalana, João Rocha e Fernando Martins.
«Pinto da Costa deixou um legado que qualquer direção tem de saber respeitar»
«Não conseguimos compreender onde está essa dificuldade desse reconhecimento institucional. Hoje não é só a nação portista que está de luto, é também o desporto nacional que perdeu um grande dirigente e que foi reconhecido internacionalmente. É comparável a Santiago Bernabéu», afirmou Tavares, em declarações à SIC Notícias.
O líder da MAG do FC Porto sublinhou ainda que «qualquer dirigente é sócio» do clube, pelo que não deveria haver restrições de acesso à Igreja das Antas no funeral de Pinto da Costa. Tavares apelou a que este seja um momento de homenagem ao homem que «mais fez pelo FC Porto», deixando para trás divergências e posições pessoais.
Família a ponderar alternativa para mais adeptos participarem na despedida
«Há muitos que não vão ter hipóteses porque a Igreja das Antas é pequena para este momento. Parece-me que era um momento muito importante não só para que aquilo que deixa como legado possa continuar sem qualquer tipo de ferida», referiu Tavares, adiantando que a família de Pinto da Costa está a ponderar uma alternativa para que mais adeptos e sócios possam participar na despedida.
Tavares concluiu que Pinto da Costa «deixou um legado e esse legado qualquer direção tem de saber respeitar», independentemente de quem venha a dirigir o FC Porto no futuro.