As eleições para a presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) têm sido alvo de polémica nos últimos dias, com a candidatura de Nuno Lobo a fazer um pedido formal à Comissão Eleitoral para proibir o uso de telemóveis e outros dispositivos eletrónicos nas cabines de voto.
O mandatário de Nuno Lobo, Fábio Lourenço, enviou uma carta ao presidente da Comissão Eleitoral, José Luís Arnaut, alegando que têm chegado «diversos relatos que colocam em causa os princípios fundamentais da democracia, da transparência e da liberdade individual de cada um dos delegados». Segundo Lourenço, existem informações de que a campanha de Pedro Proença estaria a exigir que os delegados que votarem na sua lista enviem prova fotográfica do boletim de voto.
Pedido de Nuno Lobo
Perante esta situação, a candidatura de Nuno Lobo apela «a que, no dia da eleição, não seja permitida a utilização de qualquer meio de recolha de imagens, designadamente telemóveis ou quaisquer dispositivos eletrónicos na zona de votação». Além disso, solicita que a Comissão Eleitoral «garanta um ambiente de votação isento de qualquer tipo de coação, assegurando que cada delegado possa exercer o seu direito de voto de forma livre e independente, sem pressões externas ou exigências de comprovação do sentido de voto».
Questionado sobre o assunto, Nuno Lobo não quis acrescentar mais nada ao que consta da carta enviada a José Luís Arnaut. O presidente da Comissão Eleitoral deverá agora avaliar a viabilidade legal de proibir o uso de telemóveis nas cabines de voto, algo que, segundo os próprios, poderá ser difícil de concretizar, uma vez que é «praticamente impossível confirmar, dentro de uma cabina de voto fechada, se há, ou não, quem use o telemóvel para comprovar o seu sentido de voto».
Reação da candidatura de Pedro Proença
Até ao momento, a candidatura de Pedro Proença não se pronunciou oficialmente sobre esta questão. Resta saber se a proposta de Nuno Lobo será acolhida pela lista concorrente, como sugere o seu mandatário.