Com 43 anos de idade, Bruno Alves admite ter ficado surpreendido quando foi convidado para integrar a candidatura de Nuno Lobo à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). No entanto, o antigo defesa internacional, que conquistou o Campeonato da Europa de 2016 ao serviço da Seleção Nacional, sente-se «honrado» por poder voltar a Portugal e à «casa» que lhe proporcionou tantas emoções ao longo da carreira.

«Não estava à espera que se lembrassem de mim, mas sinto-me honrado por pertencer a esta candidatura. Eu faço como fiz quando era jogador: jogo por quem quer jogar comigo e por quem me valoriza. Não poderia perder esta oportunidade de voltar a Portugal, de voltar à Federação, de voltar à Seleção. De voltar a uma casa e a um lugar onde vivi imensas emoções», explicou Bruno Alves.

Gratidão pela Seleção Nacional e FPF

Alves sublinha que a Seleção Nacional e a FPF foram determinantes para alavancar a sua carreira, tendo sido «muito bem tratado e recebido» durante os 11 anos em que representou a equipa das quinas. Essa gratidão e vontade de retribuir são agora a principal motivação para o antigo jogador se lançar neste desafio eleitoral.

«O que me motiva é o futebol. É a vontade de estar no futebol, de melhorar o futebol, de continuar a partilhar conhecimento, sabedoria e tudo aquilo que aprendi. Mas, também pela pessoa. Enquadrei-me com a filosofia de Nuno Lobo, com a visão, com o modo de pensar», revelou Bruno Alves.

Projetos para a FPF

Confiante na vitória da sua candidatura, Bruno Alves acredita que a sua experiência como jogador e, mais recentemente, como dirigente no AEK de Atenas, onde foi campeão no primeiro ano, será uma mais-valia para ajudar a Federação Portuguesa de Futebol a tornar-se «mais forte e campeã».

Uma das ideias que o antigo internacional pretende implementar, caso a candidatura de Nuno Lobo vença as eleições, é a criação de um projeto para dotar os jogadores de futebol de formação em educação financeira e comunicação.

«Eu gostava muito de lançar um projeto, na Federação, para os jogadores de futebol terem educação financeira e formação em comunicação. Nós vemos coisas que os jogadores de futebol passam que não deviam de passar, principalmente com as questões financeiras. Deviam terminar as carreiras bem. Na parte da comunicação, os jogadores de futebol devem sentir-se confortáveis a comunicar. Deviam querer comunicar, dar palestras, passar as experiências que têm. Acredito que isso era importante. Os jogadores de futebol são ídolos, que influenciam, e acho que era importante eles aprenderem a comunicar e a terem o dom da palavra», explicou Bruno Alves.

Momento ideal para regressar a Portugal

Apesar de estar a exercer funções no estrangeiro, Bruno Alves sente que este é o momento ideal para regressar a Portugal e contribuir para o desenvolvimento do futebol nacional, através da Federação Portuguesa de Futebol. O antigo jogador está «orgulhosamente» candidato a vice-presidente e garante que vai «lutar por essa vitória todos os dias, até às eleições».