Duas das lesões mais graves que um futebolista pode sofrer atingiram recentemente dois titulares do Benfica, Manu Silva e Bah, com poucos minutos de intervalo. Ambos tiveram de deixar o jogo com o Moreirense de maca, em visível sofrimento, confirmando-se depois que sofreram entorses «do joelho esquerdo com rotura completa do ligamento cruzado anterior».
Operação imediata e longa recuperação
Segundo o médico especialista Hélder Pereira, presidente da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, estas lesões requerem «tratamento cirúrgico» e o «tempo de retoma nunca costuma ser inferior a nove meses, em média». Apesar de por vezes se apontar uma paragem de seis meses, Hélder Pereira afirma que «cientificamente, o prazo de seis meses não é correto», citando o exemplo recente do jogador do FC Porto, Marcano, que demorou cerca de 15 meses a recuperar.
«Nestes casos, a prioridade é recuperar bem e não em contrarrelógio», explicou o especialista, referindo que a operação pode ser imediata (em 48 horas) «ou depois de deixar passar a fase inflamatória aguda, passada uma ou duas semanas», pois isso «está a ganhar-se tempo porque a recuperação é mais rápida». Embora a lesão seja mais preocupante em jogadores menores de 18 anos, Hélder Pereira considera que Manu e Bah, «adultos jovens», têm «um prognóstico bastante bom» e a «maior parte dos atletas consegue retomar a sua atividade ao mesmo nível, mas com um tempo de reabilitação longo».
Benfica terá de improvisar no lado direito da defesa
A ausência prolongada dos dois jogadores deixa o Benfica sem nenhum lateral-direito de raiz, pelo que o treinador Bruno Lage terá de improvisar soluções, mantendo a aposta no central Tomás Araújo, adaptando Leandro Barreiro ou Aursnes, ou chamando Leandro Santos ou Diogo Spencer. No miolo, a equipa tem mais abundância de opções.
Caso a SAD benfiquista não opte por contratar um jogador desempregado, poderá aproveitar o período especial de transferências, entre 1 e 10 de junho, para clubes que irão disputar o Mundial de Clubes.
