Com os reforços trazidos no mercado de inverno, ainda é difícil prever o valor real que jogadores como Dahl ou Belotti irão acrescentar às suas novas equipas. No entanto, uma coisa é certa: o mercado de janeiro pode inclinar a tendência do campeonato, como demonstram vários exemplos do passado.
O FC Porto viu-se obrigado a mexer no seu plantel, conseguindo encaixar dinheiro, mas às custas de quais peças-chave? Já o Sporting deu alguns retoques para acomodar jogadores à ideia do novo treinador, Rui Borges, enquanto o Benfica garantiu reforços que deverão dar mais fôlego à equipa até ao final da temporada.
Sporting: Dúvidas na baliza resolvidas
O Sporting não chegou a um acordo com o guarda-redes Rui Silva apenas por uma questão de adaptação à ideia de jogo de Rui Borges. Na verdade, parecia notória a necessidade de reforçar a baliza leonina, pois «nem tudo tinha corrido bem no verão», como admitiu o próprio treinador.
Além disso, a chegada do brasileiro Biel levanta questões sobre a sua adaptação, uma vez que «desde que o primeiro futebolista brasileiro atravessou o Atlântico que se fala de adaptação, porque a língua é a mesma, mas não é bem a mesma coisa: o futebol e a vida, nem tanto a língua».
Benfica: Reforços para a reta final
No Benfica, Bruno Lage «não quis cair no mesmo erro» do último mercado e «exigiu» novos jogadores. Rui Costa atendeu aos pedidos do treinador, embora a contratação de Dahl seja vista como uma «troca» por Beste.
Já a chegada de Belotti, apesar de não ser o avançado italiano «mais sonante», tem «futebol de Serie A» e no Torino «festejou vezes suficientes para deixar no ar a dúvida de que os 31 anos e os poucos golos no Como foram apenas fruto do momento».
FC Porto: Encaixe financeiro, mas a que custo?
O FC Porto conseguiu encaixar dinheiro com algumas vendas no mercado de inverno, mas «às custas de que plantel?» Essa é a questão que paira sobre os azuis e brancos.
Enquanto isso, o Sporting lidera com seis pontos de vantagem, e o Benfica «armou-se para ir à luta com o leão e ter pernas frescas até final». Já o FC Porto, que «não é clube de atirar a toalha ao chão», viu-se obrigado a entrar no mercado para encaixar dinheiro, em vez de se candidatar «de uma forma sustentada aos dois primeiros lugares».