A 25 de janeiro de 2004, o mundo do futebol português ficou mais pobre. Durante o decorrer da 19ª jornada do campeonato nacional, o avançado húngaro Miklós Fehér, jogador do Benfica, colapsou inanimado no relvado do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
Segundos antes de perder os sentidos, Fehér sorriu, numa imagem que ficou eternizada na memória de todos os presentes. Apesar da rápida intervenção médica, o jogador acabou por não resistir a uma cardiomiopatia e foi declarado morto já no hospital, às 23h10 daquela noite trágica.
Uma perda que abalou o país
A consternação e a tristeza tomaram conta dos colegas de equipa, adversários, treinadores e adeptos que assistiam ao jogo. Miklós Fehér tornou-se num símbolo da memória coletiva da família benfiquista, sendo imortalizado num busto exposto na Porta 18 do Estádio da Luz.
Como lembrou o Benfica no seu site oficial, «21 anos de saudade» marcam a partida precoce deste jogador que se tornou num ícone inesquecível.
Um legado que inspira
Infelizmente, Miklós Fehér não foi o único atleta a ser traído pelo coração. Outros jogadores, como o antigo portista Pavão, também perderam a vida em campo. No entanto, alguns conseguiram sobreviver a episódios semelhantes, como o dinamarquês Christian Eriksen e o guarda-redes espanhol Iker Casillas.
Em 2019, Casillas sofreu um enfarte agudo do miocárdio durante um treino do FC Porto, tendo sido prontamente socorrido e recuperado posteriormente. Já Eriksen, que colapsou durante um jogo da Dinamarca no Euro 2020, conseguiu regressar à competição após ser submetido a uma intervenção cirúrgica. Estes casos ilustram os avanços da medicina, mas a perda de Miklós Fehér continua a ser lembrada com profunda saudade pela família benfiquista.
