O especialista da polícia científica José Bento afirmou em tribunal que o disco externo analisado no âmbito do caso Football Leaks continha principalmente informações sobre o Benfica, tendo sido utilizado por alguém com conhecimentos avançados de informática.
A informação contida mostra interesse em toda a estrutura do Benfica, explicou José Bento, acrescentando que através das informações constantes no disco seria possível reconstruir do princípio ao fim o sistema informático do clube, caso este tivesse um problema grave.
Segundo o perito, o disco continha configuradas 18 contas do domínio slbenfica, bem como ficheiros e dados do blog Mercado Benfica, do qual Rui Pinto nega a autoria. A informação abrange o período entre o final de 2016 e 2019 e inclui credenciais de acesso a serviços e passwords.
Rui Pinto vai responder em julgamento por um total de 241 crimes, incluindo 201 de acesso ilegítimo qualificado, 22 de violação de correspondência agravados e 18 de dano informático. Além do Benfica, outras figuras e instituições visadas são clubes, a Liga, empresas, sociedades de advogados, juízes, procuradores, a Autoridade Tributária e a Rede Nacional de Segurança Interna.
O criador do Football Leaks foi condenado anteriormente por crimes de extorsão na forma tentada, violação de correspondência agravado e acesso ilegítimo, tendo também sido condenado em França por aceder ilegalmente a emails do PSG.