As derrotas do Benfica nos últimos dois jogos da Liga, por 0-1 com o Sporting em Alvalade e por 1-2 com o SC Braga no Estádio da Luz, têm sido golpes fortes na temporada dos encarnados. Estes resultados abalaram a segurança do plantel e deixaram a estrutura diretiva responsável pelo futebol profissional apreensiva.
Num período inferior a 15 dias, o Benfica passou de uma situação muito favorável, liderando a classificação da Liga, para um momento de dúvida sobre a capacidade de inverter a quebra, apesar de ainda faltar muito para o final da época.
Queda para o terceiro lugar
Com as duas derrotas e o empate (1-1) frente ao Aves SAD, a equipa desperdiçou oito dos últimos 15 pontos possíveis de conquistar e caiu para o terceiro lugar do campeonato, com menos três pontos que o Sporting (neste momento com vantagem no confronto direto com as águias) e menos dois que o FC Porto, que tem um jogo a menos.
Os 38 pontos com que o Benfica fechou a primeira volta da Liga significam o segundo pior registo da última década nesta fase da competição, a par da pontuação alcançada em 2018/19 — curiosamente, época em que Bruno Lage chegou pela primeira vez à liderança da equipa principal e a conduziu à conquista do título. Pior pontuação no final da primeira volta nos últimos 10 anos apenas se viu em 2020/21, quando o Benfica treinado por Jorge Jesus finalizou a 17.ª jornada com 34 pontos.
Pressão sobre Bruno Lage
Apesar da desconfiança dos adeptos, que têm assobiado o futebol da equipa nas últimas semanas, o lugar de Bruno Lage não está nesta altura em risco, mas é nele que está concentrada a maior parte da pressão para o que de bom ou de mau venha a suceder nos próximos jogos.
A SAD mantém a confiança no treinador e no plantel, mas está preocupada e quer uma resposta positiva de um grupo no qual não planeava mexer muito neste mercado de janeiro. Esse ainda continua a ser o plano, mas a quebra de rendimento de alguns elementos e a falta de resposta em algumas posições pode levar a reajustes além do desejado.
Importância do jogo com o Braga
O jogo de quarta-feira frente ao SC Braga, das meias-finais da Taça da Liga, marcado para as 19h45, com palco em Leiria, assumiu uma importância fundamental depois do que se passou nos dois últimos jogos do campeonato. O Benfica está obrigado a vencer para convencer que continua forte na época. E também para ganhar a possibilidade de conquistar uma competição que lhe foge desde 2015/2016, quando bateu por 6-2 o Marítimo na final.
«A última vez que o Benfica esteve presente numa final da Taça da Liga foi em janeiro de 2022 — era treinado por Nélson Veríssimo e perdeu o troféu para o Sporting de Ruben Amorim, num jogo que terminou 2-1 para os leões», recorda o artigo.
Mês decisivo
Este mês de janeiro será determinante para a época dos encarnados. Além da definição da Taça da Liga, joga com Farense (a 14) na Taça de Portugal, tem confrontos com Famalicão (a 17) e Casa Pia (a 25) para a Liga e decide a qualificação na Champions com jogos frente a Barcelona (a 21), em casa, e no duelo com a Juventus (a 29), em Turim.