Benfica perde a liderança após quebra inesperada
Depois de um início de época algo atribulado sob a liderança de Roger Schmidt, o Benfica reagiu com a chegada de Bruno Lage, construindo uma série de oito vitórias consecutivas na Liga Portugal Betclic. Contudo, uma quebra inesperada nos últimos jogos levou os encarnados a perderem a liderança, caindo para o terceiro lugar, a dois pontos do FC Porto e a três do Sporting.
Esta irregularidade da equipa de Lage pôs fim ao seu estado de graça, levando a comparações com o trabalho desenvolvido pelo antecessor, Roger Schmidt. Nesse sentido, a GoalPoint realizou uma análise comparativa entre a última primeira volta de Schmidt, em 2023/24, e o percurso do técnico setubalense na presente edição da Liga, excluindo as primeiras quatro jornadas disputadas pelo treinador alemão.
Benfica de Schmidt apresentava maior produção ofensiva
Analisando o desempenho médio por jogo, é possível atestar que o Benfica apresenta uma quebra generalizada em diversos parâmetros estatísticos, nomeadamente na produção ofensiva. «A equipa de Schmidt rematava mais (18 contra 16) e as suas tentativas tinham uma probabilidade maior (13% contra 12%) de se concretizarem em golo, criando também mais ações na área (35 contra 33) e ocasiões flagrantes (4 contra 3)», refere a análise da GoalPoint. «O futebol do Benfica de Schmidt era ainda mais associativo, com um maior número de passes (544 contra 504)».
Por outro lado, a equipa de Lage acaba por ser mais consistente no momento defensivo, totalizando mais ações defensivas (17 contra 15), permitindo menos remates (9 contra 11) aos adversários e com esses remates a terem uma menor probabilidade de acabar dentro da baliza dos encarnados (7% contra 9%). No entanto, o conjunto orientado pelo técnico setubalense permite mais ações às outras equipas na sua própria área (17 contra 12).