O dérbi entre Benfica e Sporting, disputado no último domingo, foi um jogo repartido, interessante e correto, mas que já ficou para trás. Com a mudança de lugares entre os dois clubes na tabela e a proximidade pontual, este confronto era uma oportunidade para confirmar ou inverter essa tendência. A estreia do novo treinador do Sporting também acrescentava curiosidade extra ao encontro.
«A maneira como se começa determina muitas vezes a maneira como acaba»
, reflete um comentador. E neste caso, o Benfica começou a perder bem antes de sofrer o golo. Se tivesse conseguido uma melhor entrada, teria condicionado melhor o adversário para a segunda parte e, quem sabe, chegado ao intervalo em vantagem.Reação Emocional
Mesmo com uma melhoria da exibição do Benfica na segunda metade, a reação tem sempre muito de emocional. Quem traz desvantagem do início, traz também o stress associado à necessidade de marcar. «A perna pesa mais e o coração acelera. O discernimento não é o ideal e a urgência cresce a cada minuto que passa».
O Sporting entrou mais agressivo no ataque, com espírito renovado, tirando partido essencialmente do entendimento e poder dos seus dois avançados. A diferença, segundo o comentador, acabou por se notar na relação da dupla antagonista Trincão e Florentino.
A Longa Segunda Volta
Agora, o Benfica terá pela frente uma longa segunda volta, depois de cumprida a próxima jornada. «A verdade é que os vencedores não se declaram tão longe da meta...»
Arbitragem e Exemplo
O comentador confessa a sua preferência pelo perfil do árbitro inglês, considerando que «na dúvida, mais vale não apitar do que o contrário». Recorda que a nossa Liga é a quarta em que mais se apita e menos se joga, entre trinta ligas europeias estudadas.
Destaca ainda a «feliz iniciativa da Liga com as Fundações de Benfica e Sporting associadas ao IPO (Instituto Português de Oncologia), socorrendo-se de dois jovens ídolos de clubes rivais, em vésperas do dérbi lisboeta». Ver as camisolas mais representativas do nosso futebol unidas numa realidade em que a saúde e as doenças graves são os temas, é «bonito e um exemplo para muitos que confundem o que é realmente importante».