Na antevisão ao dérbi com o Benfica, o treinador do Sporting, Rui Borges, manteve o tabu sobre a tática com que vai abordar o jogo, que será o seu primeiro pela equipa leonina. No entanto, deixou em aberto a possibilidade de uma alteração tática a curto ou médio prazo.
Adaptação gradual aos novos métodos
«Sim, poderá acontecer. Mas isso não é tão linear nesse sentido. Já defendi em 5x2x3, em 4x4x2, já ataquei em 4x3x3, 4x2x3x1, 4x1x4x1, já construímos a três. O sistema é apenas um começo. Tudo o resto tem a ver com dinâmicas que criamos, o que temos enquanto qualidade individual, personalidade, de tomadas de decisão, em que vamos tentando perceber de que forma conseguimos tirar o melhor de cada um e sermos melhores e superiores ao adversário. Mais do que o sistema em si, é fazer os jogadores acreditarem, em pouco tempo, em coisas importantes», afirmou Rui Borges.
O novo treinador do Sporting assumiu que a equipa passará por «dores de crescimento», mas frisou que é importante que não haja desvios no caminho até à sedimentação de novas ideias. Explicou o processo de «desamorimzação», ou seja, a diluição gradual dos velhos hábitos.
Confiança no goleador Gyökeres
Rui Borges lançou também uma profecia sobre Viktor Gyökeres, garantindo que o avançado sueco vai voltar aos bons momentos e terminar a época como o melhor marcador do campeonato.
«Não tenho dúvidas nenhumas de que o Viktor vai voltar aos golos e de que vai ser o melhor marcador do campeonato. É um jogador diferenciado, que pode dar muito à equipa. Ele e os colegas têm noção disso», introduziu o treinador do Sporting, que destacou a importância do coletivo para que o goleador dos leões seja ainda mais profícuo.
Equipa motivada para os desafios
Rui Borges assumiu que a sua forma de estar perto dos jogadores, brincando e conhecendo-os, é uma característica sua, independentemente do estado emocional da equipa. «Olho muito aos pormenores», disse, comparando-se nesse aspeto a Ruben Amorim, o anterior treinador do Sporting.
«Sinto-os motivados, com vontade de aprender e capazes de ouvir. Podiam não querer ouvir o treinador, o que estamos a pedir, mas estão completamente tranquilos e percebem que o momento é menos bom, nada de extraordinário, mas que não abala a qualidade extraordinária que já demonstraram e que vão voltar a demonstrar», rematou.