Instabilidade nos bancos da I Liga
Quando faltam ainda 19 jornadas para o final da temporada 2024/25 da I Liga portuguesa, o número de trocas nos bancos já só é inferior ao total registado em três das últimas 10 temporadas da liga portuguesa. Comparando com as 10 primeiras ligas do ranking da UEFA, as 12 mexidas em Portugal são mais do dobro de todas as outras competições, à exceção da Turquia.
«Os sete nomes acima correspondem, respetivamente, aos técnicos de Boavista, Nacional, Estoril, Moreirense, Casa Pia, Santa Clara e FC Porto. E são, também, os únicos treinadores que se mantêm nos seus cargos desde que a I Liga 2024/25 arrancou», refere o texto.
Mudanças constantes de treinadores
A presente temporada tem visto aumentar a já habitual instabilidade entre os bancos nacionais. «Só se disputaram 15 das 34 jornadas, mas já houve 12 mudanças de treinador, um valor que já supera o total de vários campeonatos da última década, como 2014/15, 2015/16, 2017/18, 2018/19 ou 2022/23», acrescenta.
As trocas e baldrocas começaram ainda antes da primeira jornada, com a saída de Tozé Marreco do Gil Vicente, substituído por Bruno Pinheiro. Ainda em setembro, também o SC Braga (saiu Daniel Sousa, entrou Carlos Carvalhal), o Benfica (Bruno Lage substituiu Roger Schmidt), o Farense (José Mota não resistiu, Tozé Marreco voltou a trabalhar) e o Estrela (saiu Filipe Martins, entrou o diretor-desportivo José Faria) haviam operado alterações.
Mudanças em equipas de topo
As trocas continuaram, culminando, nos últimos dias de 2024, com as mexidas em cadeia no Sporting e Vitória SC. Os leões despediram João Pereira para ir contratar Rui Borges, com os minhotos a substituirem o transmontano por Daniel Sousa, que em agosto saíra do SC Braga.
«A maior parte das mexidas em Portugal deu-se, como habitual, devido a maus resultados. As exceções deram-se no Sporting, quando o Manchester United bateu a cláusula de rescisão de Ruben Amorim, e no Vitória, quando os leões fizeram o mesmo com Rui Borges, na sequência do despedimento de João Pereira», refere o texto.
Ritmo de substituições acima do normal
O ritmo de substituições está a ser maior do que o normal para os padrões da I Liga. «O número de trocas nos bancos já só é inferior ao total registado em três das últimas 10 temporadas. Apenas em 2023/24, 2019/20 e 2016/17 houve, em toda a I Liga, mais do que 12 mudanças», acrescenta.
Na temporada passada, houve 14 trocas de treinador, o terceiro valor mais alto da década. Em 2019/20, registaram-se 16 alterações, indo o prémio de campanha mais instável para 2016/17, com umas incríveis 18 mudanças. No entanto, esse título está, agora, em risco.