O momento de graça do avançado australiano
Anthony Carter atravessa um grande momento e é mesmo o melhor marcador da Liga 2, com 11 golos (13 em todas as provas). O gigante australiano — 1,92 metros — é a referência do Alverca, que soma quatro vitórias consecutivas (Vizela, 4-2; Oliveirense, 4-1; Chaves, 3-1; Paços de Ferreira, 3-1) e já está na 7.ª posição, com 24 pontos, a apenas um do lugar de play-off — o Benfica B é terceiro classificado, com 27 pontos, mas não pode subir à Liga.
«Este é o melhor momento da minha carreira»
«Creio que a nível pessoal, é. Do ponto de vista mental, estou no melhor momento da minha vida. No passado, passei por algumas dificuldades a esse nível, lutei para ter consistência… Mas agora estou claramente na melhor fase da minha carreira. Obviamente, a equipa é que ajuda. Quando se tem uma equipa que nos alimenta, que está a jogar tão bem, tudo é mais fácil. Temos um grande treinador, as ideias dele são fantásticas, e a equipa adaptou-se muito bem a estas ideias. Quando assim é, tudo é muito mais simples», diz o australiano de 30 anos, elogiando Vasco Botelho da Costa, que rendeu Zé Pedro à 5.ª jornada.
O sonho de jogar na Liga e na seleção australiana
«Claro que sempre sonhei jogar numa liga principal na Europa. Adoraria jogar na Liga em Portugal, mas na verdade o meu maior sonho é representar a minha seleção. Sempre foi um sonho desde que era muito jovem. Adoraria chegar lá», confessa.
Um possível regresso à Liga com o Alverca
«Adoraria! Desde que cheguei aqui, o clube abriu-me as portas, toda a gente tem sido espetacular comigo. Seria um sonho chegar um dia à Liga e claro que seria ainda melhor se fosse com o Alverca!», adianta, não querendo precipitações, mesmo com a equipa a atravessar um excelente momento e perto do lugar de acesso ao play-off.
«Aprendi muito no Benfica»
Anthony Carter chegou a Portugal em 2016 para representar o Trofense. Pouco mais de uma época e 20 golos depois mudou-se para o Benfica. Representou a equipa B e a de sub-23, mas os golos rarearam — apenas três em 20 jogos. Ainda assim, foi uma experiência inesquecível para um jovem então com apenas 23 anos.
«Guardo muitas memórias. Tornei-me um jogador muito melhor. Tenho muito respeito pelo Benfica, especialmente pelo trabalho que fazem com os jovens. Estive lá, as coisas não correram pelo melhor, como eu gostaria. Não cheguei à equipa principal, mas aprendi imenso e estarei sempre grato pela oportunidade que tive!», refere, agradecido aos encarnados.