Jonas, antigo avançado do Benfica, continua a ser uma figura muito apreciada pelos adeptos das Águias, clube no qual se destacou como um dos melhores marcadores da sua geração. Cinco anos após ter pendurado as chuteiras, o internacional brasileiro abriu o coração sobre os problemas de saúde que o forçaram a deixar o futebol.
Em entrevista ao canal de YouTube 'Cartoloucos', Jonas confessou que a questão da sua saúde, especialmente da coluna vertebral, o preocupa muito nos dias de hoje. «Não consigo ficar de pé mais do que 40 minutos, uma hora... Terminar a carreira? Para mim, não foi tão difícil por causa dessas questões de lesão. Houve um ano, em que levei 42 injeções de Voltaren. Isso aqui está tudo corroído por dentro», desabafou.
A marca indelével no Benfica
O antigo jogador das Águias, que foi quatro vezes campeão nacional nos cinco anos em que vestiu a camisola do Benfica, confessou que não tem «noção» do peso do seu nome ainda no clube. «Ainda agora, fui lá e fiquei impressionado com o carinho e o respeito que eles [adeptos] têm», afirmou.
Apesar dos problemas físicos que o atormentaram, Jonas garante que o «pós-carreira está a ser muito bom». «Posso tomar uma [cerveja] sem compromisso nenhum», afirmou divertido, contrastando com os tempos em que tinha de levar dezenas de injeções apenas para conseguir treinar e jogar.
A nova vida fora dos relvados
O antigo avançado, que fez 137 golos em 183 jogos pelo Benfica e foi duas vezes o melhor marcador do campeonato, revela que sente «falta de fazer golos», mas admite que «foi bom enquanto durou».
Atualmente, Jonas dedica-se à farmácia da família na sua cidade natal, Taiúva, no interior de São Paulo, a 400 km da capital estadual. A cidadezinha tem apenas seis mil habitantes, um cenário bem diferente da agitação que viveu nos anos em que brilhou no futebol português.
Questionado sobre um possível regresso ao futebol, Jonas foi claro: «No futuro, pode ser que sim, mas por agora não. Quero estar perto dos meus pais.» Com 40 anos, o antigo avançado parece ter encontrado a paz que tanto procurava após pendurar as chuteiras.