Nicolas Vilas, jornalista português da Rádio Monte Carlo (RMC), antecipa um grande jogo entre o Mónaco e o Benfica, na quarta-feira, em Monte Carlo, para a quinta jornada da Liga dos Campeões. Com o Mónaco no segundo lugar da Ligue 1 e da Champions, e o Benfica em boa forma, o encontro promete golos.
Segundo Vilas, haverá muitos portugueses no estádio do Mónaco, provavelmente até em maioria. «O estádio está quase sempre com poucas pessoas. Há mais adeptos do Mónaco fora do principado. É um clube histórico, com palmarés, que produziu grandes jogadores, mas não tem atração mediática. Pela dificuldade de encher o estádio, pela comunidade portuguesa lá perto, de Beausoleil, Nice ou Marselha, e de toda a França, haverá muita gente a apoiar o Benfica», argumenta o jornalista.
## O Mónaco e os seus perigos
O Mónaco é «uma boa equipa», com uma «boa combinação entre juventude e experiência» e «alguma polivalência tática», segundo Vilas. O perigo está nos extremos Maghnes Akliouche e Eliesse Ben Seghir, «os craques e os melhores marcadores da equipa», com quatro golos. Os avançados Breel Embolo e Takumi Minamino também justificam atenção, não esquecendo o jovem avançado George Ilenikhena e o médio Aleksandr Golovin.
No entanto, o jornalista da RMC aponta que «o ponto fraco é a defesa e especialmente o defesa-central Thilo Kehrer. Será o símbolo da instabilidade defensiva. É um paradoxo ter a melhor defesa do campeonato e poder sofrer um golo a qualquer momento».
## O Benfica e a sua reputação em França
Em França, Vilas diz que o Benfica é «falado com grande respeito», com «grande atenção especial a Renato Sanches» e «alguma amargura a frustração por não se conseguir perceber como alguém, com tanto talento e capacidade, sofre tantas lesões». Há também «grande admiração, de uma forma geral, pelos clubes portugueses e, sobretudo, pelo desempenho nas competições europeias», por serem de um «país pequeno, sem os meios financeiros dos clubes franceses».
Quanto ao treinador do Mónaco, Adi Hutter, Vilas considera-o «superinteressante» e vê-o como «o reflexo de os clubes franceses apostarem mais em técnicos estrangeiros». «Também nas principais ligas isso acontece», assinala.