Aos 30 anos, Bruma tem uma longa e interessante história de vida a contar sobre o início da sua carreira no futebol. O extremo do Sp. Braga revelou, em entrevista ao podcast do clube, detalhes sobre o seu percurso, desde a formação no Sporting até à sua estreia na Seleção Nacional.
Apesar de atualmente ser um dos jogadores de referência do plantel arsenalista, Bruma confessa que nem sempre se viu a seguir uma carreira no futebol, chegando mesmo a revelar que «não gostava nem de jogar à bola» durante a sua infância.
Do Benfica ao Sporting
«O Catió Baldé levou-me para o Benfica, só que havia dois amigos meus que ele já tinha levado para o Sporting, e como eu queria estar com eles, levou-me para o Sporting. Comecei na formação, escolinhas, lembro que treinávamos em Pina Manique, passava frio. Vivia em Santo António dos Cavaleiros, com eles. Depois fomos para academia do Sporting», contou Bruma.
Foi nessa altura que o jogador conheceu Iuri Medeiros, com quem voltou a cruzar-se mais recentemente no Sp. Braga.
Da Guiné-Bissau à Seleção de Portugal
Bruma é natural da Guiné-Bissau e revelou que, na sua infância, «nem sequer gostava de jogar futebol». «Não gostava nem de jogar à bola, só queria estar ao pé da minha mãe, ia com ela para a feira. A minha mãe vende peixe, até hoje! Tenho uma irmã, dois irmãos, infelizmente não conheci o meu pai. Quando nasci, o meu pai faleceu, não o conheci, é uma história triste. A minha mãe tomou conta de nós todos e não foi fácil», disse.
Apesar de admitir saudades da Seleção, Bruma garante que está focado no Sp. Braga e nos jogos importantes que se avizinham, deixando em aberto a possibilidade de voltar a representar Portugal no futuro.
O significado do nome "Bruma"
«Eu queria era comida para comer… Ia à escola, depois ia para a feira com a minha mãe, atrapalhava, claro. Comecei a ver o meu irmão a jogar na rua, depois pegava na bola e tentava jogar e comecei a tentar jogar», acrescentou, revelando a razão do nome Bruma.
«Um amigo do meu pai chamava-o de Bruma. Como ele faleceu, e para deixar uma marca, começaram a chamar-me de Bruma lá em casa. E com o tempo comecei a gostar do nome», explicou.
