A expectativa era grande no regresso do Benfica à Luz depois da primeira grande contrariedade europeia. Após esse jogo perdido, a sensação de poder voltar atrás, ao tempo mal passado, assaltava, imagino, a mente dos mais pessimistas. A boa, desejada e única opção era recomeçar energicamente um trajeto de recuperação pontual e mental, este sim o tema pretendido neste novo capítulo.
Grupos fortes ultrapassam os piores dias
Grupos fortes com uma liderança inteligente ultrapassam melhor os piores dias, reagindo rápido, porque a atualidade não nos dá tempo a perder. O horizonte imediato traz novas e exigentes batalhas e são essas que agora valem.
Vitória convincente sobre o Rio Ave
O passo seguinte contra o Rio Ave trouxe uma entrada forte e eficaz da equipa que empurrou a visita para trás. Tal começo mobilizou desde logo os adeptos ainda mal refeitos da infeliz noite europeia, reiniciando uma fase que se espera tão boa quanto a anterior.
Lage decidiu, no rescaldo da derrota com o Feyenoord, premiar Niklas Beste pelo seu rendimento e bons serviços prestados nos últimos jogos, o que determinou a aproximação de Akturkoglu ao comandante do ataque Pavlidis.
Golos de variadas fontes
Os golos obtidos nesta clara vitória identificam processos que mesmo pouco treinados refletem algumas ideias diferentes das anteriores. Assim, quatro dos cinco golos obtidos resultam de envolvimentos laterais e cruzamentos para a área, uma raridade antes da mudança de comando técnico. Do lado direito nasceram o primeiro e terceiro golos. Já do lado oposto tiveram origem os golos da segunda parte.
Esta curiosa igualdade na contribuição dos corredores, espelha o equilíbrio que a equipa, toda ela, mostrou. A maior agressividade e presença na área que a nova posição de Akturkoglu veio criar, resultou também em três golos resultantes do aproveitamento de ressaltos, na zona mais próxima da baliza onde é bom aparecer.
Neste jogo, como em muitos outros, repetiu-se o fenómeno frequente dos golos que vêm aos pares: aos 12´e 16´ e aos 79´e 81´... E como é algo que se repete, não é por acaso. É a questão mental de que tanto se fala, a ditar as suas leis.