Derrota no primeiro jogo europeu
O jogo do Benfica contra o Feyenoord na Liga dos Campeões era de grande importância para a equipa de Bruno Lage, que vinha de uma vitória pouco expressiva, mas competente, na Taça de Portugal. A expectativa era a de uma noite europeia semelhante à vivida frente ao Atlético de Madrid, mas infelizmente a equipa não conseguiu apresentar-se ao melhor nível.
Segundo Vasco Mendonça, consultor de marketing, o que mais o aborreceu nesta noite europeia, além da derrota, foi a «sensação de uma certa incapacidade para acompanhar a agilidade física e mental do adversário, que se mostrou mais forte do que o Benfica de Bruno Lage enfrentou até agora». Apesar de o Feyenoord estar num bom momento, o mesmo se poderia dizer do Benfica, mas o que se viu foi «uma equipa algo apática ou sem armas, que, apesar do azar da primeira parte naquele falhanço de Bah a centímetros da baliza, produziu pouco para aquilo que parece ser capaz de fazer».
Primeiro grande desafio tático de Bruno Lage
Mendonça acredita que Bruno Lage encontrou ali o primeiro grande desafio tático desde que chegou ao clube, e o resultado da sua intervenção no jogo «não foi o mais satisfatório, deixando a sensação de que o nosso poderio físico e técnico talvez não seja o que as primeiras semanas deram a entender, pelo menos quando a fasquia é mais elevada».
No entanto, Mendonça lembra que esta é, por enquanto, uma equipa em construção, e que o treinador do Benfica «conhece bem o clube que representa e a sua massa adepta». Lage sabe que já não pode referir-se aos seus jogadores exatamente nos termos que usava quando chegou, como um projeto com pernas para ganhar, mas também precisará de mais tempo a trabalhar com estes jogadores, muitos dos quais acabaram de voltar de mais uma pausa para representar os seus países.
Reação após a derrota na Champions
Essa condicionante afeta outros clubes, mas poucos têm tantos atletas convocados como o Benfica, e quase nenhum tem a sua exigência. Isso leva Mendonça à «outra face deste Benfica, aquela a que temos sido mais habituados até aqui». Ele elogia a reação da equipa após a derrota na Champions, com uma goleada sobre o Rio Ave, em que os golos vieram de jogadores importantes, como Akturkoglu, que se tornou o primeiro jogador em 59 anos a marcar sete golos nos primeiros oito jogos oficiais.
Mendonça acredita que essa «humildade e abnegação, reconhecendo o muito que será preciso fazer bem nos próximos meses, que se construirá o eventual sucesso do Benfica nesta época». Ele também destaca a boa atuação de Amdouni e a esperança de que Schjelderup tenha finalmente desbloqueado os problemas de confiança que pareciam afetá-lo.
Desequilíbrio entre candidatos ao título
No entanto, Mendonça admite que a vitória sobre o Rio Ave, assim como outras vitórias dos rivais, «pareceu indicar um desequilíbrio acentuado entre os candidatos ao título e quem vem depois na classificação». Ele acredita que este desnível pode ser um desafio para o Benfica, que precisa de manter-se competitivo tanto nos jogos nacionais como nas competições europeias.
Mendonça conclui que é fundamental que as ideias de Lage e a confiança deste grupo continuem a consolidar-se nos jogos muito importantes que aí vêm, pois «Espero que sim!».