Valor das jogadoras da seleção feminina de Portugal aquém dos convocados masculinos
De acordo com o Soccerdonna, portal do Transfermarkt especializado em transferências de futebol feminino, a avançada Kika Nazareth e a média Andreia Jacinto são as duas atletas mais valiosas ao dispor do selecionador Francisco Neto.
Apenas 10 das 25 convocadas têm avaliação, fazendo um total de 580 mil euros, um valor distante dos 972 milhões de euros (ME) com que o Transfermarkt avaliava os últimos convocados masculinos pelo espanhol Roberto Martínez.
Kika Nazareth e Andreia Jacinto as jogadoras mais valiosas
Kika, de 21 anos, está avaliada em 125 mil euros, poucos meses depois de ter trocado o tetracampeão nacional Benfica pelo FC Barcelona, vencedor do campeonato espanhol há cinco temporadas consecutivas e das últimas duas edições da Liga dos Campeões. Ao abandonar as 'águias' por cerca de 500 mil euros fixos - que podem chegar aos 650 mil em bónus -, a avançada gerou a transação mais cara de sempre da modalidade em Portugal, mesmo saindo abaixo da cláusula rescisória, então de um ME.
Andreia Jacinto, recrutada pela Real Sociedad ao Sporting em fim de contrato, está atualmente avaliada em 100 mil euros. Tatiana Pinto, com 80 mil euros, após ter sido contratada pelo Atlético de Madrid às inglesas do Brighton, e Diana Gomes, há três épocas em Sevilha, com 35 mil, também jogam em Espanha e têm valorização no Soccerdonna.
Valor das jogadoras reflete domínio do Benfica
O top 5 da lista é completado por Andreia Faria e Andreia Norton, ambas centrocampistas do Benfica, avaliadas em 60 mil e 50 mil euros, respetivamente, seguindo-se a lateral direita 'encarnada' Catarina Amado, com 45 mil.
As restantes 15 futebolistas chamadas por Francisco Neto não têm valor de mercado atribuído, incluindo as sete cedidas pelo Sporting e as três do Sporting de Braga. A cotação díspar entre os principais clubes nacionais deverá ser explicada pelas três idas seguidas das 'encarnadas' à fase principal da Liga dos Campeões, de 2021/22 a 2023/24 - temporada na qual atingiram ineditamente os quartos de final -, enquanto as 'leoas' fizeram-no em 2017/18 e 2018/19 e as 'arsenalistas' em 2019/20.