Foi com «preocupação e tristeza» que João Braz Frade, antigo vice-presidente do Benfica, ficou a saber da acusação do Ministério Público envolvendo o clube da Luz. Apesar de não ter formação jurídica para ter «uma opinião sólida» sobre o processo, Braz Frade reconhece que as notícias e os processos «causam sempre dano reputacional enquanto os processos correm e, como os tempos da justiça de modo geral são prolongados, mais grave se tornam as consequências do aproveitamento mediático».
Processos que envolvem os 'três grandes'
Braz Frade refere que «tem lido e ouvido nos media que correm vários processos que envolvem o Benfica, o FC Porto e também o Sporting», e que «tudo isto é mau para o futebol enquanto desporto e enquanto setor económico e para os envolvidos». No entanto, destaca que «as dimensões sociais, mediáticas e desportivas do Benfica potenciam ainda mais o dano reputacional, quer seja sólida ou simplesmente pouco fundamentada a acusação».
Ilibação de Rui Costa
Apesar disso, Braz Frade vê «um lado positivo» nas notícias divulgadas. «O nosso presidente não foi pronunciado. Rui Costa sai ilibado no processo e isso é muito positivo porque permite-lhe ter confiança para continuar o caminho da mudança serena que iniciou», afirma, destacando que «durante todo o tempo que me envolvi mais nas lutas eleitorais do Benfica e que falei com muitos benfiquistas, nunca encontrei um que questionasse a sua seriedade e idoneidade».
O antigo dirigente elogia ainda a mesma decisão ter sido aplicada «a três pessoas que também dedicaram tempo e energia ao Benfica: José Eduardo Moniz, Domingos Soares de Oliveira e Nuno Gaioso».