Rui Costa vence primeiras eleições no Benfica com 84% dos votos

  1. Rui Costa venceu as primeiras eleições no Benfica com 84,48% dos votos
  2. Mais de 40 mil sócios exerceram o seu direito de voto, um novo recorde
  3. Rui Costa promoveu mudanças profundas na Direção e na SAD do Benfica
  4. Roger Schmidt foi contratado como treinador e ganhou o campeonato, mas acabou despedido

Um novo ciclo nos encarnados


A 9 de outubro de 2021, Rui Costa vencia as primeiras eleições no Benfica depois de ter assumido a presidência do clube em julho desse ano, na sequência da demissão de Luís Filipe Vieira. O antigo jogador e diretor desportivo dos encarnados era já o presidente em funções, mas tinha pela frente o desafio de vencer a primeira eleição como candidato oficial.

Rui Costa enfrentava a oposição de Francisco Benitez, que encabeçava o Movimento Servir o Benfica, mas saiu vencedor com 84,48% dos votos, contra os 12,24% de Benitez. As eleições registaram um novo recorde de participação, com mais de 40 mil sócios a exercerem o seu direito de voto.

Mudanças na Direção e na SAD


Com a sua eleição, Rui Costa promoveu uma série de alterações na estrutura diretiva do clube. Na Direção, manteve nomes como Luís Mendes, Jaime Antunes e Domingos Almeida Lima, mas introduziu novas caras como Sílvio Cervan e Manuel de Brito, que passaram a integrar a Comissão Executiva da SAD.

Na SAD, as mudanças foram ainda mais profundas, com a saída de figuras como Domingos Soares de Oliveira, Luís Mendes e Lourenço Pereira Coelho. Para reforçar a equipa, Rui Costa trouxe nomes como Nuno Catarino, Jaime Antunes, José Gandarez e Manuel de Brito.

A saída de Jorge Jesus


Quando Rui Costa venceu as eleições, Jorge Jesus era o treinador do Benfica. Porém, a 28 de dezembro de 2021, o técnico português deixava o comando técnico dos encarnados, com os resultados da equipa de futebol a não corresponderam às expectativas.

Para o lugar de Jesus entrou Nélson Veríssimo, que já havia assumido a equipa em 2020, após a saída de Bruno Lage. Veríssimo fez 25 jogos à frente do Benfica, vencendo 12 partidas, mas saiu no final da temporada para dar lugar ao primeiro treinador escolhido e contratado na era Rui Costa: Roger Schmidt.

A chegada de Roger Schmidt


Roger Schmidt, ex-treinador do PSV, chegou ao Benfica em 2022/23 e trouxe consigo um novo futebol e um título de campeão nacional. O Benfica fez uma fase de grupos da Liga dos Campeões brilhante, mas caiu com alguma frustração nos quartos de final, perante o Inter.

Schmidt ganharia a Supertaça no arranque da temporada 2023/24, mas o futebol já não foi o mesmo e a classificação também não, embora os encarnados tenham tido a sorte de uma conjugação de fatores que lhes permitiu a entrada direta na nova Liga dos Campeões.

A saída de Roger Schmidt


Ao quarto jogo da temporada 2024/25, após um registo de uma derrota, um empate e dois triunfos na Liga, Roger Schmidt foi despedido, deixando ao Benfica a obrigação de pagar uma indemnização milionária, superior a €10 milhões.

Depois de Schmidt, Bruno Lage, que já havia comandado o Benfica anteriormente, regressou ao clube no início de setembro. Apesar de não reunir o consenso dos adeptos, Lage conseguiu regressar aos triunfos e ao bom futebol, devolvendo a tranquilidade ao Benfica numa altura de muita contestação a Rui Costa.

As contratações e as saídas


Rui Costa realizou a contratação mais cara de sempre do Benfica e do futebol português, ao contratar Orkun Kokçu ao Feyenoord por €25 milhões. O médio turco não confirmou toda a sua qualidade na primeira temporada, mas está atualmente a justificar o investimento.

Outras contratações, como as de Fredrik Aursnes ou Di María, revelaram-se importantes, tal como as saídas de jogadores como Darwin Núñez, Gonçalo Ramos, João Neves e Enzo Fernández, este último vendido ao Chelsea por €121 milhões.

O passivo do Benfica


Apesar dos negócios chorudos, as contas do Benfica não têm andado no verde. Críticas têm caído nas costas de Rui Costa por causa dos resultados financeiros, com o passivo anunciado pelo clube a atingir os €483,4 milhões, o mais elevado de sempre.

Rui Costa prometeu durante a campanha eleitoral explicar o mercado encarnado a cada janela e tem cumprido, com argumentos em relação a cada decisão e revelação de números envolvidos.

Rotura com o passado


Houve claramente uma intenção de rotura com o passado, com o Benfica a virar atenções para o mercado argentino, tendo atualmente jogadores como Di María, Otamendi, Prestianni e Rollheiser em ação de águia ao peito.

Nomes como Pizzi, André Almeida e Rafa deixaram de fazer parte do quotidiano do Benfica, com apenas quatro jogadores da equipa de 2021/22 ainda no plantel.

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