O Benfica apresentou um prejuízo de 21,1 milhões de euros no exercício da época 2023/24, de acordo com o Relatório e Contas divulgado pelo clube. Este resultado representa um decréscimo de 23,4 milhões de euros face ao período homólogo e marca o fim de 14 anos consecutivos de lucro para as contas do clube encarnado.
Segundo o documento, este resultado negativo deve-se, em grande medida, ao desempenho da Benfica SAD, com a aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (MEP). «O resultado negativo do exercício deve-se, em importante medida, ao desempenho da SAD, por aplicação do Método de Equivalência Patrimonial», explicou Rui Costa, presidente do Benfica, em mensagem aos sócios.
Impacto da Benfica SAD e aumento dos gastos operacionais
O líder encarnado justificou que «a relativa estagnação inicial do mercado de transferências no futebol, devido à realização do Campeonato da Europa, impediu a materialização de vendas em tempo útil. Caso contrário, teria sido possível apresentar um valor positivo».
Além do impacto da SAD, o Benfica aponta também o «aumento dos gastos operacionais ligados ao investimento nas equipas» como outra das razões para este resultado negativo. Refira-se que a 30 de junho, o Benfica atingiu a marca de 326.869 associados ativos.
Benfica SAD já tinha apresentado prejuízo de 31 milhões de euros
Recorde-se que a SAD do Benfica já tinha apresentado, no início do mês, um prejuízo superior a 31 milhões de euros. Segundo o Relatório e Contas do clube, «os resultados alcançados pela Benfica SGPS são essencialmente justificados pela aplicação do Método de Equivalência Patrimonial referente à participação financeira na Benfica SAD, que obteve um resultado negativo de 31,4 milhões de euros».
Rui Costa apela a um Benfica «mais forte, coeso, unido, moderno e ganhador»
Apesar destes resultados negativos, Rui Costa destacou as «várias conquistas» da época passada, mas também algumas «desilusões», o que «exigiu reflexão e medidas impactantes, já em curso, com o objetivo de garantir uma trajetória integralmente ganhadora».
O presidente do Benfica apelou por um clube «mais forte, coeso, unido, moderno e ganhador», reforçando a importância do crescimento do número de sócios e das receitas de quotização, bem como da subida significativa nos proveitos de merchandising.