Bruno Lage quer «futebol atrativo e dinâmico» para reconquistar adeptos do Benfica

  1. Bruno Lage promete «futebol atrativo, dinâmico e ofensivo»
  2. Objetivo é «ganhar e jogar bem»
  3. Plantel é «ajustado e competitivo»

Regresso ao Benfica com «vontade enorme de trazer o sentimento de ser benfiquista»


Bruno Lage foi esta quinta-feira apresentado como novo treinador do Benfica, com Rui Costa ao seu lado na conferência de imprensa. O técnico de 48 anos prometeu aos adeptos muito trabalho, compromisso e um futebol atrativo que reconquiste os apoiantes do clube.


«Quero um futebol que os adeptos gostem de ver e que já viram durante largos anos, não só comigo, viram o Benfica jogar um futebol ofensivo, dinâmico, divertido, fundamentalmente um futebol que puxe pela bancada, é o que queremos», afirmou Bruno Lage.

Objetivo é «ganhar e jogar bem»


O treinador garante que o objetivo é «ganhar e jogar bem» e prometeu muito trabalho para atingir esse objetivo. «É isso que eu prometo. É ganhar e jogar bem. E muito trabalho. É isso que eu prometo. E é isso que nós vamos fazer», afirmou.


Questionado sobre os objetivos definidos com a estrutura do Benfica, Lage disse que a conversa com o presidente Rui Costa «foi muito clara, muito objetiva e há coisas que estão inerentes à grandeza do Benfica».


«Nós temos de olhar para aquilo que é o nosso caminho, que nós temos de fazer nos próximos nove meses. O primeiro passo é já o treino de amanhã e depois o jogo que temos de preparar com o Santa Clara. Por isso, está mais que evidente aquilo que são os nossos objetivos», acrescentou.

Plantel «ajustado e competitivo»


Lage admitiu que a desvantagem pontual para o líder da Liga Bwin «não é significativa» e que é possível recuperar, além de terem «várias competições em que temos objetivos definidos em função da grandeza do Benfica».


Sobre o plantel, Lage disse que vê «o plantel construído dessa maneira. Jogadores competitivos, um plantel curto que me permita trabalhar e um plantel que é competitivo internamente e isso é a maior garantia de evolução e de trabalho diário dos nossos atletas, eles sentirem que não há lugares garantidos, que têm de trabalhar diariamente para conquistar o seu espaço e que também me permita ter soluções em função daquilo que é o calendário, de 3 em 3 dias nós estamos a jogar».

Saídas de Neres, Marcos Leonardo e João Neves


Questionado sobre as saídas de João Neves, David Neres e Marcos Leonardo, Lage disse que «o mais importante é que, independentemente das saídas, possamos olhar para o plantel e sentirmos que o plantel foi feito, está ajustado e é competitivo para aquilo que se avizinha».


«O Neres e o Marcos Leonardo eu não os conheço, assim como não conheço o João Neves, mas quando se vê um atleta a deixar a casa é sempre um motivo de nós também nos sentirmos realizados, no bom sentido, pelo trabalho que tem sido feito na formação, na forma como os jogadores chegam à equipa principal», afirmou.

Relação com Rui Costa


Questionado sobre se sente que tem o destino de Rui Costa nas suas mãos, Lage disse que, além da relação de presidente e treinador principal, já tiveram outras relações no passado, como a de diretor da formação e treinador de iniciados e a de diretor desportivo e treinador da equipa principal.


«Por isso, o caminho faz-se caminhando, aquilo que eu desejo ao meu presidente é aquilo que ele deseja também para mim porque, além de termos relação de presidente e de treinador principal, já tivemos a relação de diretor da formação e treinador de iniciados que, 20 anos sem ganhar um título, ganhámos; já tivemos a relação de diretor desportivo e treinador da equipa principal e vencemos um título e, agora, temos esta relação de presidente e treinador e o que eu desejo é que quando se olhar para a carreira do nosso presidente, daqui a 20 anos, que se olhe para uma carreira de sucesso à imagem do jogador que foi», afirmou.

Primeira passagem e aprendizagem


Sobre a sua passagem anterior pelo Benfica, Lage disse que hoje é «diferente» e que os «cabelos brancos ajudam a ver as coisas à distância com outra clareza e até mesmo de uma forma emocional completamente diferente».


«Se eu, a pessoa e o homem e o treinador que sou hoje olhasse para trás e não entendesse que em determinado momento podia ter feito as coisas de outra maneira, o meu caminho de aprendizagem não tinha sido este. Mas não é isso que se faz, é naquele momento e é naquela situação. Por isso, as ações ficam e nós temos de olhar para elas, aprender e fazer um caminho de sucesso», afirmou.

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