Daniel Vieira-Tuck surpreendido por declarações do selecionador sub-20

  1. Selecionador sub-20 André Martins dispensou Daniel Vieira-Tuck da convocatória para o Europeu Divisão B de Pitesti
  2. Daniel Vieira-Tuck registou média de 15 pontos em jogos dos sub-20
  3. Daniel Vieira-Tuck afirma que nunca falou com o selecionador sobre querer ir para os EUA
  4. Daniel Vieira-Tuck está motivado para representar as seleções nacionais portuguesas no futuro

Em junho, quando o selecionador nacional sub-20 André Martins escolheu os 12 elementos para o Europeu Divisão B de Pitesti, um dos pré-convocados que acabou dispensado da Seleção que atuou na Roménia foi Daniel Vieira-Tuck, de 19 anos, que na passada temporada esteve no Benfica B.

O jovem base, que deixara boa impressão em jogos dos sub-20, registando média de 15 pontos, ficou surpreendido com as declarações de André Martins sobre os motivos da sua dispensa da convocatória.

Explicação do selecionador


Questionado por A BOLA na apresentação do campeonato sobre as razões da ausência não só da maior estrela, Rúben Prey, mas também de Vieira-Tuck, o técnico contou que Daniel até «foi convocado», mas que era uma «uma situação diferente» da de Prey, impedido de regressar à Europa pela Universidade de St. John's, onde a partir desta época atuará na NCAA.

O Tuck... bem, nem queria muito falar nisto, mas vou dizer-lhe claramente: o Tuck não quis continuar na Seleção. A resposta que me deu foi: 'Quero ir para os Estados Unidos ganhar dinheiro'. Já assinou com uma universidade e não teve disponibilidade mental para fazer o programa de trabalho com as regras e princípios que temos. Portanto, ficou fora, justificou André Martins.

Versão de Daniel Vieira-Tuck


No entanto, em Dallas, onde viveu a maior parte da vida, Daniel ficou surpreendido ao saber da declaração e quis contar a sua versão. Achei tudo isso um bocado louco porque essa não foi definitivamente a razão. Nem sequer falei sobre nada disso. Não chegámos a conversar. Mesmo quando fui dispensado nunca tivemos uma conversa. Fiquei realmente surpreso por ter afirmado tal coisa já que nunca falámos sobre o assunto, reforça.

Daniel Vieira-Tuck garante que não conferenciou com nenhum responsável da equipa nacional, diretor da federação portuguesa ou outra pessoa. O manager da equipa chamou-me e disse-me que estava dispensado. Foi tudo. Não falei com ninguém sobre ir para os Estados Unidos, volta a garantir.

Motivação para o Europeu


O jovem base afirma que estava com vontade de ir ao Europeu. Queria ir com tudo. Pensei que seria convocado e iríamos realizar um bom campeonato. Tinha-me preparado para isso, diz.

Questionado sobre a possível razão para André Martins ter feito aquela afirmação, Daniel admite não compreender. Não, não sei. Nunca falámos muito, por isso não consigo perceber onde terá ido buscar essa ideia, assegura.

Representar Portugal no futuro


Apesar de não falar português, Daniel garante que nunca sentiu que a barreira linguística tenha sido um problema de comunicação com o técnico ou dirigentes. Nunca foi uma barreira. Os meus colegas sempre me ajudaram quando era necessário, refere.

Daniel Vieira-Tuck, que esta época fará 20 anos, revela que gostaria de poder representar as seleções nacionais portuguesas no futuro. Sim! Claro que quero ir, responde de imediato quando questionado sobre essa possibilidade.

Tendo-se iniciado no basquetebol aos seis anos, e considerando-se um base versátil, que gosta sobretudo «de ganhar», Daniel sonha conseguir vir a atuar na NBA, mas não afasta a hipótese da carreira vir a passar pela Europa e nem afasta a possibilidade de ser em Portugal. Claro que gostaria de ir para a NBA. Sou jovem, tenho trabalhado bastante e espero ter a oportunidade de ir para a NBA, Mas sim, teria gosto em também voltar a atuar na Europa. Adoro o basquetebol e quero fazer disto a minha carreira, por isso desejo ir o mais longe possível, adiantou.

Na época passada, Daniel Vieira-Tuck teve a única experiência basquetebolística fora dos Estados Unidos no Benfica B, onde «poderia ter ido melhor, mas foi uma oportunidade de aprender e estou agradecido por tudo o que lá vivi».

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