A saída inesperada de Roger Schmidt do comando técnico do Benfica abriu as portas para um possível regresso de Bruno Lage ao clube da Luz. No entanto, João Diogo Manteigas, advogado e crítico da atual direção encarnada, antecipa um «grande problema» que Lage terá de resolver caso assuma o cargo.
Em declarações à Antena 1, Manteigas recordou a «tumultuosa» saída de Bruno Lage do Benfica em 2020, apesar do «sucesso» que este alcançou «em muito pouco tempo» ao conquistar o campeonato. «Teve um impacto brutal, quando conseguiu, em muito pouco tempo, em cinco meses, levar o Benfica a ser campeão. Tem um início estrondoso, na época imediatamente seguinte, com uma renovação em dezembro e um despedimento pós-Covid, no final da época 2019/20», afirmou.
O «grande problema» de Bruno Lage
O advogado, que admitiu recentemente a possibilidade de avançar com uma candidatura à presidência do Benfica nas eleições de 2025, considera que Bruno Lage «tem um grande problema para resolver» caso seja o escolhido para suceder a Roger Schmidt. «Bruno Lage tem de saber se consegue entender-se com quem o despediu à altura ou não. Recordo que Bruno Lage foi despedido por conselho de administração de que Rui Costa fazia parte», sublinhou.
Manteigas referiu-se ainda à «novela» que se passou com o regresso de Jorge Jesus ao Benfica, da qual foi «publicamente contra», por considerar que «não fazia sentido absolutamente nenhum, pela figura que era». Nesse sentido, o advogado considera que Bruno Lage «tem de sentar-se à mesa com Rui Costa, se for o escolhido, para se entenderem sobre tudo o que passou, em 2020, para poderem fazer algo de útil, agora, em 2024».
Críticas à contratação «no último dia de mercado»
Apesar das reservas, Manteigas admitiu que o Benfica «não pode parar» e que «tem de ter um projeto», criticando a contratação «no último dia de mercado de um batalhão de jogadores» por considerar que «não é bom» e que «demonstra que não havia um projeto».
Quanto à saída de Roger Schmidt, Manteigas disse que «tinha defendido que o Benfica precisava de um treinador estrangeiro» e que agora «o enquadramento é totalmente diferente, deverá ser da nossa nacionalidade».