Benfica: uma maratona de sofrimento e incertezas

  1. Seis pontos em nove possíveis
  2. Jogo «sensaborão e cinzento»
  3. Equipa «que se arrasta em termos exibicionais e, sobretudo, já sem o mínimo de coerência»
  4. Benfica ficou sem Aursnes por lesão
  5. Tiago Gouveia testado como lateral direito na pré-época
  6. Meio-campo «sem qualquer tipo de criatividade na construção»
  7. Benfica tem situação privilegiada na baliza com Trubin e Samuel Soares

Um cenário nem catastrófico nem animador


Seis pontos em nove possíveis e um cenário que não é propriamente catastrófico. Sim, o Benfica venceu o Estrela da Amadora, mas o jogo foi novamente «sensaborão e cinzento». A verdade e a frieza da classificação defendem Roger Schmidt, mas «por detrás da cortina, a "verdadinha" transforma-se em mentira ou, se assim o quisermos, numa equipa que se arrasta em termos exibicionais e, sobretudo, já sem o mínimo de coerência», como escreveu um comentador.


Na realidade, «quase que faz lembrar o recente debate alusivo às eleições norte-americanas entre Donald Trump e o entretanto candidato desistente Joe Biden». Este último, a certo ponto, «não foi capaz de se exprimir corretamente e ficou sem fala». Respondeu Trump na altura «"que não percebeu o que ele disse mas, no caso, ele também não faz ideia a mínima ideia daquilo que disse"».

A perda de referências


E o Benfica vive neste estado: «ninguém percebe o que se está a passar, sendo que se teme que o próprio técnico também não». Agora surge a questão João Mário: recuperado no início da temporada com o intuito de se assumir como peça-chave no recrudescimento da fórmula vencedora de há duas temporadas, eis que de repente passa a transferível. Ou seja, «pretendeu-se recolocar o gelo e a ponderação no meio-campo para, de um momento para o outro, deixarmos na gaveta toda essa plataforma de tranquilidade».


No sentido contrário, Prestianni era visto como alternativa e diamante em fase de potenciação e desenvolvimento. Mas, no início da temporada, passou a titular (sem se colocar em causa o inegável valor do atleta) e eventual responsável pela criação ofensiva. Já Kokcu é o novo «"Aursnes"»: já foi médio-centro, extremo de ambos os lados e médio ofensivo (onde rende mais, é um facto), apresentando uma polivalência exagerada que vai subtraindo, dia após dia, um manancial de qualidades que seria fantástico se o jogador fosse devidamente capitalizado.

A lesão de Aursnes e a indefinição no lado direito


Agora o Benfica ficou sem Aursnes devido a lesão e, mais do que ficar sem um médio, fica sem alternativa para a posição de lateral direito. E, de facto, Aursnes e Kokcu partilham uma sina que deveria ser uma dádiva: são excelentes jogadores do ponto de vista individual, o que os leva a desempenhar erradamente o papel de bombeiros na penumbra táctica de Schmidt.


Também é um azar tremendo ficar sem Tiago Gouveia, sobretudo nesta altura. Por aqui, o manual da incoerência tem um dos seus capítulos mais gritantes: na temporada passada, nem pensar colocar Tiago Gouveia a lateral direito. Nunca, jamais, ou em tempo algum. Mas, na pré-temporada, já faz todo o sentido testá-lo nessa posição para depois o colocar como extremo-esquerdo, o que até não está errado do ponto de vista de recurso (diante do Casa Pia a sua ação foi determinante para exponenciar os corredores) mas está completamente desfasado em termos de planeamento e potenciação das qualidades de (mais um) elemento subaproveitado.

A indefinição no meio-campo


À construção de um meio-campo defensivo sem qualquer tipo de criatividade na construção à renovação de Di Maria (até faria sentido em determinados moldes e se nunca colocasse em causa a permanência de Neres), o Benfica segue a navegar à deriva. Se a posição de lateral direito pode ser um problema (sobretudo em termos de alternativas a Bah), a qualidade da cozinha abunda sem que o cozinheiro saiba o que fazer com tantos ingredientes ao dispor.


Pensamento inflexível: na temporada passada o meio-campo era constituído por «"Kokcu e o outro"» e o cenário repete-se nesta época na linha avançada: Pavlidis e o «"outro"», parecendo que o grego chegou como uma espécie de panaceia universal para todos os problemas que pontificam e pontificaram na linha avançada. E, refira-se, o jogo diante do Casa Pia serviu para se provar que o Benfica até tem capacidade para se desembaraçar dos adversários com relativa facilidade, assim haja leitura prévia e interpretação natural.

Oportunidades na baliza e na defesa central


Se, na zona central da defesa, o «"eclipse"» de António Silva (leia-se também erros na seleção) é também consequência de uma temporada passada em que não evoluiu no seu processo de desenvolvimento, até na baliza o Benfica tem uma situação privilegiada: Trubin como guarda-redes de alto gabarito e bem secundado por um Samuel Soares com todas as condições para ser o titular a médio e longo-prazo. Uma oportunidade única para se fazer o mesmo que o FC Porto fez com a dupla Marchesin-Diogo Costa.


Mas, pelos vistos, o Benfica também está no mercado em busca de uma nova alternativa. Assim sendo, confirmar-se, mais um «"enfim"» em tom de suspiro prolongado.

O cenário imediato e as exigências futuras


Neste cenário, o contexto deturpa-se. Em vez de cada jogo ser uma final, passa a ser um balão de oxigénio. Se o Benfica passar em Moreira de Cónegos, mesmo que de forma magrinha e pouco convincente, ganha um pouco mais de embalo para os próximos capítulos. Que serão mais exigentes.


E o mundo encarnado quase que preferiria girar ao contrário: nestas contas, até seria preferível ao Benfica perder para despachar de vez o dossiê de um treinador que, por alguns méritos que possa ter, não apresenta condições mínimas de fiabilidade para guiar uma equipa com a grandeza do Benfica.

Viktor Gyökeres: da origem humilde ao estrelato no Sporting

  1. Começou a jogar futebol no IFK Aspudden-Tellus, em Estocolmo
  2. Era apelidado de «rabugento» pelo treinador do Brommapojkarna
  3. Não se adaptou ao Brighton, tendo sido emprestado ao St. Pauli e Swansea
  4. Destacou-se no Coventry, o que lhe valeu a transferência para o Sporting

Estrela da Amadora prepara-se para enfrentar o Benfica na Taça de Portugal

  1. José Faria somou o seu sexto encontro enquanto técnico principal do Estrela e alcançou o segundo triunfo
  2. Treinador de 38 anos contabiliza 3 vitórias em 6 jogos, com 50% de aproveitamento
  3. Antecessor Filipe Martins não conseguiu vencer em 6 jogos, com 2 empates e 4 derrotas
  4. Sérgio Vieira, técnico que operou o regresso do Estrela, teve 1 vitória, 1 empate e 4 derrotas nos primeiros 6 jogos

O longo caminho para a igualdade no futebol português

  1. O prazo estimado por Guterres para a igualdade real entre homens e mulheres deve ser acrescido de mais 50% no mundo do futebol português
  2. As redes sociais atacam figuras femininas no futebol português, o que é visto como prova de que os energúmenos estão de boa saúde (mas não mental)
  3. O texto apela a que haja mais mulheres de destaque no futebol português, e que isso deixe de ser notícia dentro de 450 anos

A celebração de Gyokeres torna-se viral no desporto

  1. A celebração do avançado do Sporting, Gyokeres, tornou-se viral no desporto
  2. Angelo Dawkins, lutador da WWE, celebrou uma vitória com a máscara de Gyokeres
  3. A celebração do jogador sueco é reconhecida e imitada por atletas de outros desportos
  4. A popularidade da celebração ultrapassa as fronteiras do clube de Sporting

Uruguai remonta e vence a Colômbia com golos no final

  1. Maxi Araújo, do Sporting, a titular
  2. Quintero marcou para a Colômbia
  3. Golo na própria baliza de Davinson Sánchez empatou para o Uruguai
  4. Diego Aguirre marcou o golo que deu a volta ao resultado para o Uruguai
  5. Manuel Ugarte, do Manchester United e ex-Sporting, marcou o golo da vitória do Uruguai