As competições europeias de futebol feminino estão prestes a passar por uma reformulação, com novos modelos competitivos a serem implementados a partir da época 2025/26. Estas mudanças, segundo especialistas, podem trazer benefícios significativos para o desenvolvimento do futebol feminino em Portugal.
«As mudanças apresentadas pela UEFA, e que resultam após ampla consulta e colaboração com a Associação Europeia de Clubes (ECA), associações nacionais, ligas e clubes, foram baseadas na análise e recomendações do Comité de Futebol Feminino da UEFA em consequência do crescimento incrível que o futebol feminino apresentou nos últimos anos», explica um responsável da Federação Portuguesa de Futebol.
Segunda competição europeia como motor de desenvolvimento
Uma das grandes novidades é o aparecimento de uma segunda competição europeia de clubes femininos, para além da Liga dos Campeões. Esta medida é vista como fundamental para o desenvolvimento da modalidade em diversas vertentes.
«Esta segunda competição europeia é fundamental para o desenvolvimento da modalidade nas mais diversas vertentes. Desde logo porque obrigará as ligas nacionais a um efetivo e rigoroso planeamento para melhores medidas de apoio às atletas; porque obrigará os clubes a investimentos mais criteriosos; proporcionará maior competitividade interna; clubes que ficavam pelo caminho na Liga dos Campeões numa fase prematura terão agora novas oportunidades e mais jogos, maior exposição europeia», destaca o dirigente federativo.
Oportunidades para o futebol feminino português
No que diz respeito às implicações para o futebol feminino português, as expectativas são positivas. Atualmente, apenas dois clubes portugueses (Benfica e Sporting) têm presença garantida na Liga dos Campeões feminina, mas a partir da próxima época esse número sobe para três.
«Portugal não pode perder o comboio e esta é mais uma oportunidade para aumentar a competitividade e maximizar recursos. É preciso o empenho de todos», conclui o responsável.