A discussão em torno de Prestianni já não deveria ser sobre se o jovem argentino terá ou não minutos suficientes, mas sim sobre onde jogarão Marcos Leonardo e Kokçu. Após a saída de Rafa, abriu-se uma vaga no ataque do Benfica, que parece ter sido preenchida por Pavlidis. No entanto, quem se afigura como o companheiro ideal para o grego não é Marcos Leonardo, mas sim Prestianni.
Quem viu o jovem argentino jogar no Vélez Sarsfield reconhece-lhe a personalidade e o talento necessários para criar forte impacto no futebol do Benfica, como já se tem visto nestes jogos de preparação, refere o texto. Apesar de Marcos Leonardo ter aproveitado bem a oportunidade e de não haver dúvidas sobre a valia de Kokçu, o companheiro ideal para Pavlidis, seja no momento com bola seja na pressão que a equipa quer tecer para recuperá-la, parece mesmo ser o miúdo da Ciudadela, terra natal de Tévez e Fernando Gago, na grande Buenos Aires.
Prestianni e Pavlidis, uma dupla promissora
Esta é uma das melhores notícias da pré-época dos encarnados, que procuram a solidez competitiva para atacar da melhor forma as competições internas e a Liga dos Campeões. Além de Prestianni e Pavlidis, o regresso de Aursnes à posição certa, a sustentação dada pelos dois médios-centro e até a agressividade de posicionamento e desarme de Bah e Beste poderão devolver aos encarnados a pressão alta e reação à perda desaprendida nos últimos meses.
A consolidação da linha defensiva
Curiosamente, mesmo sem reforços exceto Beste, os encarnados também atenuaram um dos problemas do passado: a primeira fase de construção. Leandro Barreiro assume-se como pivot importante, porém o outro grande responsável é Tomás Araújo, que apresenta a excelência de passe de um bom médio. Resta saber se Schmidt resistirá ao regresso de Otamendi, carregado de estatuto e a ostentar a braçadeira, e apostará numa dupla só portuguesa, que até se conhece dos tempos da B e parece refletir melhor aquilo que o Benfica precisa.