O médio português Pizzi recordou a sua passagem pelo Benfica, numa entrevista ao Canal 11, onde admitiu que ainda não consegue explicar como é que os encarnados deixaram escapar o título na temporada 2019/20, com Bruno Lage no comando técnico.
Pizzi defendeu que Lage deveria ter continuado na Luz, apesar dos maus resultados, e abordou também o caso de João Félix, tentando perceber os motivos que atrasam a afirmação do avançado na elite do futebol mundial. O médio de 34 anos falou ainda sobre o seu próprio futuro, revelando que tem propostas de clubes nacionais e internacionais, incluindo do recém-promovido AVS.
Uma época difícil de explicar
É uma época difícil de expressar por palavras o que aconteceu. Começámos a ganhar 5-0 ao Sporting na Supertaça. Na 1.ª volta só perdemos com o FC Porto, de resto só vitórias. Depois começamos a segunda volta a cair, veio o Covid, foi muito complicado. Quando voltámos, o FC Porto perdeu em Famalicão, mas nós empatámos em casa com o Tondela. Quando íamos para o Seixal houve o apedrejamento do autocarro e foi como uma bola de neve. Dentro do campo não conseguíamos. Pode ter sido fraca reação à perda da bola... mas é tão difícil que ainda hoje não consigo dizer o que se passou., começou por dizer Pizzi.
O médio português garantiu que nunca houve problemas com Bruno Lage, ao contrário do que se falava. Nós tínhamos um grupo muito bom, nunca tivemos problemas com Bruno Lage, ao contrário do que se falava. Além de bom treinador, fora de campo ele era incrível.
A saída de Bruno Lage
Pizzi defendeu que Lage deveria ter continuado na Luz, apesar dos maus resultados. A saída foi difícil, ele não era o culpado. Quando uma equipa não ganha, o treinador é sempre o primeiro a ser sacrificado. Mas acho que o futuro do Benfica podia passar pelo Bruno Lage, porque apostava na formação, a equipa jogava bem, e acreditava que ele poderia ser o futuro do Benfica. Mas a direção acabou por optar por outra decisão.
O caso de João Félix
O médio de 34 anos abordou também o caso de João Félix e tentou perceber os motivos que atrasam a afirmação do avançado na elite do futebol mundial. O João Félix para mim é um fenómeno. Tive a felicidade de estar com ele e presenciar dentro de campo, nos treinos, o quão bom ele é. É fantástico. Um dos melhores que já apanhei tecnicamente. Sem dúvida. Falta-lhe continuidade.
Pizzi apontou o estilo de jogo do Atlético de Madrid como um entrave ao desenvolvimento de João Félix. O [Diego] Simeone é um grande treinador, mas não gosta de um futebol apoiado. O João Félix gosta de jogar apoiado, um contra um, um jogo de bairro, mais anárquico, que vai para cima e sem medo de perder a bola. No Atlético de Madrid, passava maior parte do tempo a defender. O estilo de jogo não o favorece.
Futuro incerto
Quanto ao seu próprio futuro, Pizzi revelou que tem propostas de clubes nacionais e internacionais, incluindo do recém-promovido AVS. Estou a analisar as propostas, a ver o que é melhor para mim e para a minha família. Tenho propostas do estrangeiro e bastantes de Portugal, vou decidir com a minha família. É analisar e decidir nas próximas semanas. Quero jogar mais algumas épocas, sinto-me bem, nunca fui um jogador com lesões.
Pizzi admitiu que tem uma proposta do AVS em cima da mesa. Tive proposta do AVS, está em cima da mesa e daqui a umas semanas saberão o meu futuro.
A surpresa com Jota
Na mesma entrevista, Pizzi apontou Jota como aquele jogador que mais o surpreendeu por não ter vingado na equipa principal do Benfica. Jota tem muita qualidade, aquele futebol de rua. Faltou-lhe um clique no Benfica.