André Horta: «Não me arrependo da saída do Benfica»

  1. André Horta foi formado no Benfica e conquistou o título de campeão em 2016/17
  2. Na época seguinte foi emprestado ao SC Braga e nunca mais voltou ao Benfica
  3. Considera Abel Ferreira o melhor treinador que já teve
  4. Marcou 3 golos: jogar pelo Benfica, marcar um golo pelo Benfica e ser campeão pelo Benfica

Um capítulo "bonito" no Benfica


André Horta foi formado no Benfica e em 2016/17 integrou a equipa principal, conquistando o título de campeão. Mas na época seguinte foi emprestado ao SC Braga e nunca mais voltou ao clube pelo qual torce desde criança. Contudo, não se arrepende dessa decisão, como explicou em entrevista a A BOLA.

O melhor treinador que já teve


O médio do Olympiakos revela que parte da explicação para a sua saída do Benfica está em Abel Ferreira, que considera o melhor treinador que já teve. «O Abel foi o melhor treinador que já tive, por diversas razões. Claro que gostava muito de voltar a trabalhar com ele. Quando nós temos isso na cabeça, também é mais fácil querermos voltar a trabalhar com essas pessoas, que nós sentimos que nos deram algo.»

Não depende apenas de mim


Questionado sobre se ainda ambiciona voltar a vestir a camisola do Benfica, Horta foi claro: «Honestamente, não penso muito nisso. Acho que foi um capítulo bonito. Eu quando era miúdo dizia que tinha três sonhos: jogar pelo Benfica, marcar um golo pelo Benfica e ser campeão pelo Benfica. Fiz os três, mas foi logo muito rápido.» O médio explicou que não depende apenas dele voltar a jogar no Benfica: «Nós não podemos mesmo controlar isso. Se me perguntar: queres jogar no Benfica? Ah, quero. Queres jogar no Barcelona? Quero. Queres jogar no Real Madrid? Quero. Quero jogar em todo lado. Não depende só de mim. O que depende de mim é trabalhar, trabalhar como deve ser, fazer as coisas bem.»

Elogio a Rafa


Sobre o ex-colega Rafa, que também está de saída do Benfica, Horta elogiou o seu talento: «O Rafa chegou já no último dia de mercado, mas chegou no mesmo ano que eu. E é fácil apaixonar-se pelo jogo do Rafa. Eu, pessoalmente, sou daqueles que gostam dos jogadores que resolvem jogos sozinhos, que criam oportunidades para eles próprios. (...) E o Rafa, a esta escala, era um jogador que fazia isso. Ele, sozinho, conseguia criar oportunidades para ele mesmo. As pessoas falavam muito 'Ah, mas ele depois chega à frente da baliza e não marca golos'. Mas o Rafa, se fizesse tudo bem, também não jogava no Benfica. Em princípio, estava no Real Madrid, no Barcelona, no Manchester City...»

Sem arrependimentos


Quanto à sua saída do Benfica, Horta explicou que não se tratou de falta de amor pelo clube: «Eu cheguei com 19 anos e na segunda época tinha 20 anos, senti que precisava mesmo de jogar. Ou seja, não ia ser o amor a um clube que me ia deixar preso ali. E depois foi a oportunidade de poder jogar com o meu irmão. E aí... não há nada que se compare a isso. E acabei por ser eu também a pedir para ser emprestado.» Apesar de ter conquistado o título de campeão pelo Benfica, Horta não se arrepende da sua saída do clube: «Não. Eu acho que até hoje nunca me arrependi de nada. Acho que as coisas tomam o seu caminho, que têm de tomar. Quando fui para os Estados Unidos, também fui eu que quis ir, ninguém me obrigou. Era algo que eu queria experimentar. Gosto de experimentar essas ligas diferentes. Sei que ainda vou experimentar mais uma ou duas desse género.»

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