Época aquém das expectativas
Após uma época em que o Benfica fez o maior investimento da sua história, com contratações de alto perfil como Ángel Di María e Orkun Kökçü, o clube lisboeta terminou a época apenas com a Supertaça Cândido de Oliveira nas vitrines do Museu Carlos Damião. Esta conquista deixou os adeptos benfiquistas, conhecidos pela sua exigência no que aos títulos diz respeito, com um sabor agridoce.
A irregularidade das performances da equipa encarnada, que viu o eterno rival Sporting 'roubar-lhe' o título de campeão português esta época, levou a críticas severas por parte dos adeptos e da imprensa, especialmente em relação ao treinador Roger Schmidt, cuja continuidade foi alvo de intensa especulação.
Questionamentos sobre a estrutura do clube
As culpas de uma época que ficou muito aquém das expetativas não recaem apenas em Roger Schmidt, uma vez que também a estrutura encarnada tem sido alvo de muitas críticas por parte de grande parte da massa associativa das águias.
Depois de um investimento que se traduziu no maior da história do clube, e onde alguns dos reforços que chegaram não se terem conseguido afirmar na Luz, as dúvidas dos adeptos do clube, no que ao departamento de Scouting diz respeito, intensifica-se à medida que as decisões para a nova época têm que ser tomadas pela direção encarnada.
Críticas à liderança de Rui Pedro Braz
No centro das operações de transferência do Benfica encontra-se Rui Pedro Braz, diretor desportivo do clube. O seu papel tem sido crucial na construção e reconstrução do plantel encarnado, mas também tem sido alvo de críticas e muitos questionamentos, especialmente após a decisão de não avançar com a contratação de Jota Silva, um dos principais destaques do V. Guimarães na presente época.
Numa mensagem deixada nas redes sociais, o sócio encarnado Bruno Costa Carvalho expressou a sua preocupação com o futuro das águias: «Este Benfica vai por muito mau caminho», alertou o sócio encarnado, antes de questionar o papel de Braz na Luz.
Movimentações no mercado de transferências
Apesar do clima de tensão que se faz sentir nos corredores da Luz, o Benfica já começou a movimentar-se no mercado de transferências. A saída de Rafa Silva, um dos pilares da equipa, está confirmada, e a continuidade de Roger Schmidt no comando técnico foi assegurada pelo presidente Rui Costa, apesar das críticas recebidas.
Contudo, nem tudo está decidido na Luz, uma vez que Ángel Di María, uma das principais estrelas do plantel, encontra-se num dilema quanto ao seu futuro. O extremo argentino está dividido entre continuar no Benfica ou regressar ao seu clube de origem, o Rosario Central.
Futuro imediato do clube
Para a temporada 2024/25, o Benfica já garantiu a contratação de Leandro Barreiro, proveniente do Mainz, e a aquisição em definitivo de Álvaro Carreras, jovem lateral espanhol que esteve emprestado pelo Granada na última época. Estas movimentações indicam uma clara intenção de reforçar a equipa, especialmente nas áreas defensivas e de meio-campo.
O Benfica está à beira de uma temporada crucial que poderá definir o futuro imediato do clube e, com as interrogações que surgem do universo encarnado, como é o exemplo de Noronha Lopes, que alertou que «falta explicar aos sócios quem foi responsável pelo fracasso», a gestão eficaz do plantel e a capacidade de atrair novos talentos serão determinantes para o sucesso do clube e serão escrutinados ao milímetro pelos adeptos.