Rui Costa tem legitimidade para manter Roger Schmidt no Benfica
Rui Costa, presidente do Benfica, tem a «indiscutível legitimidade do mandato que acaba em 2025» para manter Roger Schmidt como treinador, independentemente das manifestações de insatisfação de sócios e adeptos. Apesar da «maré vermelha» de contestação, a «maioria» não tem o «exclusivo da verdade».
Não faltarão argumentos para defender a saída de Schmidt, e é fácil encontrar exemplos recentes de treinadores que «fragilizados duraram pouco após acabarem mal épocas e de começarem outras com piores resultados e exibições». Porém, há também casos como o de Jorge Jesus, que Luís Filipe Vieira manteve no final da época 2012/2013, mesmo após perder o título e outros troféus.
Schmidt reconhece dificuldades
Após a goleada sobre o Arouca, no penúltimo jogo da época, Schmidt «desabafou» que o Benfica «não conseguirá ser campeão na próxima temporada» devido aos protestos contra si e o presidente.
Rui Costa tem «o direito de considerar» e «o dever de explicar aos benfiquistas» que Schmidt é o «homem certo» para continuar. E tem a «obrigação de deixar bem claro» o que fará «para mudar essas circunstâncias», pois «a prática é o critério da verdade».
Aceitar a insatisfação dos adeptos
Aceitar e compreender a insatisfação dos sócios e adeptos, que nasceu de uma equipa que «não só defraudou as expectativas, algumas exageradas outras realistas, mas também regrediu na capacidade de produzir bom futebol, apesar de investimento de quase €100 milhões», é apenas o primeiro passo.
Apresentar aos benfiquistas soluções, mesmo com Schmidt, para corrigir o que correu mal e um plano claro e objetivo para a nova época será apenas o início de nova caminhada. E não poderá haver a «mínima suspeição» de que a continuação de Schmidt possa ser interpretada como «almofada de conforto» para o presidente.
A relação com as claques
A decisão sobre o treinador da próxima época definirá o final de mandato de Rui Costa. Mas o presidente do Benfica ainda vai a tempo de outra também importante - a relação com as claques não reconhecidas.
Alguns comportamentos, «condenados pela maioria que estava na Luz» no último jogo, «repetem-se sem que haja consequências». Da «impunidade» não poderá prevalecer a ideia de «condescendência». Será assim tão difícil identificar quem «desrespeita a lei e o clube»?