Grimaldo vinga-se no Bayer Leverkusen: "Dei um passo em frente"

  1. Grimaldo ganhou mais na conta bancária
  2. Grimaldo ganhou mais no campo
  3. Grimaldo ganhou a credibilidade para ser chamado à seleção espanhola
  4. Grimaldo deu mais entrevistas em 1 ano no Leverkusen do que em 8 anos no Benfica

Uma decisão que define uma carreira


Ao aceitar o convite do Bayer Leverkusen, Álex Grimaldo sabia que estava a correr um risco do ponto de vista desportivo (não no plano financeiro, porque foi ganhar muito mais). Sair de um clube que luta para ser campeão em Portugal e tem sido cliente habitual da Liga dos Campeões para representar um emblema que nunca havia conquistado a Bundesliga e não tem o mesmo historial nas competições europeias parecia um retrocesso.

Mas Grimaldo decidiu avançar. Um ano depois, soa quase absurdo recordar os argumentos que o espanhol ouviu de quem o criticou. Das muitas coisas que se disseram, "dar um passo atrás" foi a mais eloquente de todas. Além do inédito título, os farmacêuticos podem conquistar a Liga Europa e a Taça da Alemanha e, ironicamente, bateram recentemente um recorde de invencibilidade europeu que pertencia às águias.

Um ano de vitórias


Muito mudou em menos de 360 dias. Grimaldo ganhou mais na conta bancária, ganhou mais no campo, ganhou finalmente a credibilidade junto do selecionador espanhol para ser chamado à seleção, mas também ganhou palco para se exprimir. Em apenas um ano, o lateral-esquerdo deu mais entrevistas em Leverkusen do que nos oito anos que passou no Benfica. Na maior parte dessas intervenções não escondeu o lamento por não ter conseguido continuar nas águias. Disse-o de uma forma direta, como se daquelas palavras se extraísse uma frustração.

Mentalidade alemã em contraste com Benfica


Fossem os dirigentes alemães como os portugueses e interpretariam este sentimento como algo contrário aos objetivos da equipa dirigida por Xabi Alonso: aqui d'el rei um futebolista continuar a falar do seu ex-clube tal como um recém-casado recorda a ex-namorada com quem chegou a pensar fazer vida. Mas no Leverkusen como em tantos outros clubes alemães a mentalidade assenta no princípio da responsabilidade. E algo mais importante: um jogador livre de pensamento é um jogador mais feliz. Ao que parece, e contrariamente à crise de urticária que a simples ideia de um futebolista se exprimir cria neste cantinho europeu, Grimaldo falou bem, jogou bem e ganhou bem.

Benfica deve repensar liberdade de expressão


Isto devia dar muito que pensar, principalmente depois de o capitão do Benfica, Nicolás Otamendi, se ter queixado de não ter sido autorizado pelo clube a prestar declarações (ele até disse a palavra "prensa", a palavra espanhola para imprensa, mas obviamente nunca foi a imprensa a recusar ouvi-lo, bem pelo contrário). Até que ponto não teria sido útil para o próprio Roger Schmidt partilhar ideias e protagonismo com os seus jogadores e líderes, justamente nos momentos de maior crise? Esta lógica, que já vitimou outros treinadores no passado, foi responsável por ir ajudando a queimar um treinador campeão em lume brando, sujeito a ver a sua imagem fragilizada para fora, mas também para dentro. Parecendo que não, estes detalhes contam muito nas dinâmicas de balneário.

Processos judiciais mancham a imagem do Benfica

  1. Alegadas tentativas de manipulação de resultados
  2. Acusações de corrupção
  3. Escrutínio e investigações sobre a conduta do Benfica
  4. Acusação formal da Benfica SAD, Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves por crimes de corrupção ativa, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada

Benfica apura-se para os 16 avos da Taça CEV apesar da derrota em casa

  1. Benfica perdeu em casa por 3-2 com parciais de 27-25, 27-29, 20-25, 25-21, 11-15
  2. Benfica apurou-se para os 16 avos de final da Taça CEV ao vencer na Bélgica por 3-0
  3. Benfica vai defrontar o Calcit Kamnit da Eslovénia nos 16 avos de final
  4. Benfica tinha iniciado a época na Liga dos Campeões mas não passou da primeira ronda de qualificação