Grimaldo deixou o Benfica com pesar
Álex Grimaldo, lateral-esquerdo espanhol que se destacou no Benfica entre 2016 e 2022, admitiu em entrevista ao jornal ABC que foi «muito difícil» deixar o clube português. «Penso que escrevi uma grande história no Benfica, estava muito feliz e cómodo lá. Queria muito o Benfica, gostava muito dos adeptos e era um sentimento recíproco. Foi muito difícil sair», revelou o jogador, que se transferiu no último verão para o Bayer Leverkusen.
Grimaldo explicou também a sua adaptação à Bundesliga e ao sistema tático implementado pelo treinador Xabi Alonso, com três centrais e a função de ala esquerdo. «Sou um lateral que se adapta a vários sistemas táticos. Joguei toda a carreira numa linha de quatro, mais por fora, mas esta época, com cinco, por vezes estou fora, outras dentro. Adapto-me bem, entendo o jogo e assim consigo ajudar muito o ataque, com golos e assistências», afirmou.
Pizzi recorda adaptação ao Benfica
Pizzi, médio português que representou o Benfica entre 2014 e 2022, recordou a sua adaptação à equipa e a reação do então treinador Jorge Jesus quando chegou ao clube. «Lembro-me perfeitamente dos primeiros treinos... Nervoso por chegar ao Benfica, com aquela vontade de mostrar o meu valor. Estávamos a fazer um exercício de passes e o míster logo a dizer: 'Epah, este miúdo até tem qualidade de passe'. Foi aí que as coisas começaram a desenrolar-se», contou o jogador, atualmente no Sp. Braga.
Pizzi revelou também que Jesus o fez evoluir na vertente defensiva, preparando-o para suceder a Enzo Pérez no meio-campo. «O míster Jesus metia-me a número 8 e dava-me muita indicações como tinha de defender. Não era um jogador com muitas características defensivas e ele fez com que evoluísse nesse aspeto. Com a saída do Enzo, acabou por ser um processo natural. Eu já estava a ser treinado para a sua saída», explicou o experiente médio, que vestiu a camisola das águias por 360 ocasiões, acumulando 95 golos e outras tantas assistências.
A ligação especial com Jonas
Por fim, Pizzi recordou a sua parceria com Jonas no Benfica, considerando o avançado brasileiro como um dos «melhores jogadores» com quem jogou. «Foi o avançado com que tive mais ligação. Para um jogador ser bom precisa de estar rodeado de bons jogadores que conheçam o teu jogo, que tenham as mesmas características que tu. Tínhamos essa ligação, sabia onde ia meter a bola, as tabelas. Parecia que estávamos no parque entre amigos», afirmou.