A época do Benfica: uma análise crítica

  1. Benfica venceu a Supertaça
  2. Benfica vai ficar na segunda posição do campeonato
  3. Benfica tem possibilidade de lutar por uma vaga na Liga dos Campeões
  4. Gonçalo Ramos foi um dos jogadores vendidos

Expectativas elevadas vs. realidade


A época do Benfica não está a ser positiva. As expectativas criadas foram muito elevadas (primeiro erro) e a realidade não correspondeu. Em termos concretos, o Benfica venceu a Supertaça e vai ficar na segunda posição do campeonato, o que lhe permite ter a possibilidade de lutar por uma vaga na Liga dos Campeões ou, em circunstâncias perfeitas, garantir a entrada direta na fase de grupos através do ranking UEFA.

Antes de fazer uma análise mais concreta, é importante ressaltar que gerir um clube como o Benfica não é fácil. Trata-se de uma empresa que gera muitas receitas, que tem muitos vícios associados e que necessita de um controlo constante e de uma enorme atenção às tendências do setor do desporto em termos globais. Ao contrário do que muitos pensam, os resultados desportivos serão sempre o reflexo do trabalho invisível que é feito fora dos relvados. É aqui que são criadas as condições para que sejam dados aos intervenientes todos os meios para poderem fazer bem o seu trabalho, sem distrações, com compromisso e em equipa.

Os sete pecados de Schmidt e Rui Costa


A forma como a época correu não é propriamente uma novidade. No dia 29 de outubro de 2023, o autor escreveu uma crónica com o título: «Os 7 pecados de Schmidt e Rui Costa». Nesta crónica, foram enunciados sete fatores que contribuíram para o desfecho que estamos a verificar. Desde o problema na transição defensiva e no equilíbrio da equipa, passando pelas contratações falhadas, o caso Vlachodimos e a mensagem que passou internamente, a carta branca dada ao treinador e o risco que isso implicava, a comunicação e os custos operacionais.

O autor não se considera nenhum visionário, mas os sinais eram bem evidentes de que as coisas podiam não correr bem. Nada acontece por acaso, tudo acaba por ter uma lógica e um caminho. A questão é que os líderes astutos e atentos percebem o rumo que as coisas estão a tomar e criam uma estratégia para alterar o caminho que está a ser seguido.

Custos crescentes e necessidade de vender jogadores


Neste caso, é importante realçar que os alertas não vêm só da vertente desportiva, a trajetória da vertente financeira está a gerar preocupação, porque os custos continuam a subir, sem correspondência do lado das receitas. A solução para este problema passa pela venda de mais jogadores e consequente enfraquecimento desportivo da equipa. Se antigamente bastava vender um jogador por ano, este ano já será necessário venderem-se dois (Gonçalo Ramos foi um deles).

A insatisfação dos adeptos


À medida que os meses foram passando, a insatisfação dos adeptos foi aumentando. Dois fatores contribuíram decisivamente para esta contestação crescente. O primeiro é que parece que Roger Schmidt vive numa realidade paralela (como escreveu o autor no dia 10 de março). Vê jogos diferentes, dentro e fora do relvado. Onde RS vê exibições «top», nós vemos exibições sofríveis. Dentro do próprio jogo não consegue ter a capacidade de mexer na equipa quando tal se justifica. Deixa jogadores a arrastarem-se no relvado quando todos percebemos que estão esgotados.

O segundo fator é a comunicação. Em Portugal, os presidentes dos grandes clubes utilizam constantemente uma expressão: o clube é dos sócios, eles são os donos do clube. Concordo que os adeptos são a principal mais-valia de uma instituição. É por este motivo que a comunicação ganha uma importância adicional. Se os associados são a grande mais-valia do clube, a comunicação entre este e os adeptos tem de ser muito bem cuidada. Todos percebemos que RS não tem a capacidade de fazer a diferença através da comunicação, pelo contrário, até cria anticorpos e gera negativismo.

A postura da administração


Se todos temos a noção que a insatisfação dos adeptos perante RS estava, cada vez mais, a subir de tom, devemos colocar duas questões: será que o silêncio da administração faz parte de uma estratégia para se proteger e deixar o treinador fragilizado perante os adeptos? Ou será que o departamento de comunicação do clube é assim tão incompetente que não percebe que a comunicação entre treinador e adeptos está a fragilizar o clube?

As duas questões podem ter uma resposta afirmativa. Em primeiro lugar, porque ninguém quer ficar com as responsabilidades do insucesso e isto demonstra a forma como o clube está a ser gerido, ou seja, no sucesso todos aparecem e tiram fotografias, no insucesso todos tentam passar despercebidos. A estratégia de encontrar um culpado já foi utilizada anteriormente, quer com Rui Vitória como com Bruno Lage, Jorge Jesus e agora Roger Schmidt. É uma estratégia de visão curta, porque no limite quem perde é o clube.

A liderança de Rui Costa


No capítulo desportivo, as convicções de Rui Costa estão a ser colocadas à prova. A solução mais fácil passará pelo despedimento do treinador e falência do projeto desportivo. Aliás, a postura de Rui Costa e dos pares dá-nos essa indicação. Volto a reforçar que ninguém dá três anos de contrato a um treinador, a pagar o que o Benfica paga, sem o conhecer muito bem nos bons e nos maus momentos.

A vertente financeira


Se fui e sou muito crítico relativamente a Luís Filipe Vieira, pela forma como geriu muitas coisas à sua maneira dentro do clube, neste caso reconheço que foi a sua visão, empreendedorismo e organização que permitem que o Benfica tenha a dinâmica comercial que hoje apresenta. Apesar desta dinâmica positiva, que caracteriza o Benfica, a realidade é que a trajetória financeira é negativa (bem visível nos Relatórios e Contas) e demonstra o descontrolo e falta de eficiência que se vive dentro do clube.

A reação de Schmidt após o incidente com a garrafa


Roger Schmidt foi novamente atingido por uma garrafa depois da sua equipa vencer por 3-1 o Farense, num jogo bem conseguido. Um líder atento, e com uma estrutura competente, saberia imediatamente o que se passou. O que deveria fazer? Deveria ter saído, imediatamente, em defesa do seu funcionário, criticando aquele tipo de comportamentos inaceitáveis por parte de supostos adeptos e não esperar 24 horas para o fazer às 22h00 na TV do clube! Deveria colocar-se ao lado do seu treinador, mostrando solidariedade e firmeza.

Conclusão


Em conclusão, a época do Benfica não está a correr como o esperado, com problemas em várias frentes - desportiva, financeira e de comunicação. A gestão do clube e a liderança de Rui Costa estão a ser postas à prova, com a necessidade de tomar decisões difíceis para tentar reverter a situação. O futuro do Benfica dependerá de como estes desafios forem enfrentados nos próximos meses.

Marselha obrigado a pagar salário retirado a Mbemba

  1. A LFP considerou que deveria ter sido dada uma advertência antes de uma possível sanção
  2. Marselha já tinha retirado 14 dias de salário a Mbemba, que foram reduzidos para 6
  3. Mbemba regressou aos treinos mas não faz parte dos planos do treinador

Casa Pia volta aos triunfos com vitória sobre o Nacional

  1. Ruben Kluivert, filho da lenda do futebol neerlandês Patrick Kluivert, marcou o golo da vitória do Casa Pia
  2. Patrick Sequeira, guarda-redes do Casa Pia, foi o grande destaque do jogo com várias defesas decisivas
  3. Com este resultado, o Casa Pia ascendeu, provisoriamente, ao oitavo lugar da tabela classificativa, com 11 pontos
  4. O Nacional mantém-se no 17.º e penúltimo posto, com apenas cinco pontos somados

Samu é a grande revelação do FC Porto

  1. Marcou 8 golos na época passada pelo Alavés
  2. Já igualou esse registo nos primeiros jogos desta época pelo FC Porto
  3. Marcou nos três primeiros jogos da Liga Europa, algo inédito no clube
  4. Lidera a lista de melhores marcadores da Liga Europa com 4 golos

Benfica destaca dimensão e capacidade empresarial do clube

  1. Benfica tem 15 ou 16 mil sócios à espera para comprar Red Pass
  2. Nas grandes Ligas não há modelo associativo, à exceção do Real Madrid e Barcelona
  3. O Benfica tem 350 mil sócios, que são os donos do clube
  4. O Benfica tem mais modalidades que o Real Madrid e Bayern Munique

«Caso Horta» ainda sem desfecho à vista

  1. O «caso Horta» ainda está longe de terminar
  2. O prazo para o acordo entre Braga e Málaga foi adiado para o início de novembro
  3. O Braga propôs 6,5 milhões de euros, mas o Málaga recusou por considerar o valor baixo e injusto
  4. O Feyenoord chegou a um princípio de acordo para renovar o contrato de Igor Paixão até 2029

Jogos de enorme expectativa marcam regresso da I Liga

  1. Jogos de enorme expectativa marcam regresso da I Liga
  2. Sexta-feira: Casa Pia-Nacional, Santa Clara-Gil Vicente
  3. Sábado: Famalicão-Sporting, Estoril-Arouca, Boavista-Moreirense
  4. Domingo: Sporting de Braga-Farense, Benfica-Rio Ave, Estrela da Amadora-Vitória
  5. Segunda-feira: FC Porto-AVS

La Liga regressa à Associação de Ligas Europeias

  1. La Liga regressa à Associação de Ligas Europeias
  2. A 49.ª Assembleia Geral da associação aprovou as contas por unanimidade
  3. Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), afirmou que 'todas as vozes são importantes para, juntos, encontrarmos os melhores caminhos para o desenvolvimento sustentado desta nossa indústria'
  4. A LPFP informou que a Assembleia Geral discutiu a ação junto da Comissão Europeia contestando o abuso da posição dominante da FIFA na definição do calendário desportivo internacional