O Benfica chega a março com os benfiquistas incapazes de identificar um onze base nesta temporada, devido às constantes alterações promovidas por Roger Schmidt. O treinador alemão tem experimentado diferentes formações, levando jogadores a ocupar posições variadas, como Tengstedt, Petar Musa, Arthur Cabral e Marcos Leonardo no ataque.
Schmidt não se limitou ao ataque, tendo também testado João Neves e Aursnes em posições defensivas inusitadas. Morato, habitualmente central, foi colocado como defesa-esquerdo, enquanto Kökçü, a contratação mais cara da história do Benfica, tem sido utilizado no meio-campo, fora da sua zona de conforto.
As experiências de Schmidt geraram críticas de Bruno Costa Carvalho, antigo candidato à presidência do Benfica, que questionou o investimento do clube em jogadores com pouca rentabilidade. Costa Carvalho afirmou: Andamos a gastar muito dinheiro em jogadores que provavelmente não vão dar a rentabilidade que queríamos que dessem. Ele ainda acrescentou: Parece que andamos como menino rico a desperdiçar dinheiro.
Opiniões Divergentes no Universo Benfiquista
Em declarações no podcast da Rádio Nacional de Desporto, Costa Carvalho alertou os benfiquistas de que as contas do Benfica podem não ser o que aparentam. Ele esperava que o clube estivesse num patamar mais elevado, considerando o montante investido nas últimas janelas de transferências.
Por outro lado, Carlos Freitas defendeu as experiências de Schmidt, comparando-as às de Guardiola. Freitas afirmou: Schmidt faz exatamente o mesmo. Esta defesa sugere que as mudanças táticas e as experiências do treinador podem ser vistas como parte do processo de evolução e inovação no futebol.
Desafios e Debate em torno do Benfica
As críticas de Costa Carvalho e a defesa de Freitas refletem a divisão de opiniões no universo benfiquista. Enquanto uns questionam a eficácia das experiências de Schmidt e o uso do dinheiro do clube, outros defendem a visão estratégica do treinador e a sua abordagem inovadora.
A falta de um onze base consolidado e as constantes mudanças de posição dos jogadores levantam questões sobre a estabilidade e consistência da equipa do Benfica. A incerteza em torno das escolhas táticas de Schmidt e a gestão dos recursos disponíveis continuam a ser temas de debate entre os adeptos e observadores do clube.
Gestão e Desempenho no Benfica
No panorama desportivo, o Benfica enfrenta o desafio de conciliar as expectativas dos seus adeptos com a necessidade de alcançar resultados positivos. A pressão sobre a equipa e a estrutura do clube aumenta à medida que a temporada avança, tornando crucial a capacidade de Schmidt e da direção do Benfica de responderem aos desafios e críticas que surgem.
Em suma, as críticas de Bruno Costa Carvalho e a defesa de Carlos Freitas em relação às experiências de Roger Schmidt e ao investimento do Benfica refletem a complexidade e as diferentes perspetivas que envolvem a gestão e o desempenho de um dos maiores clubes de Portugal.