No primeiro semestre de 2023/24, a SAD do Benfica registou um aumento de 3,9% nos gastos com pessoal, totalizando 62,4 milhões de euros em 31 de dezembro do ano passado. Este crescimento é atribuído ao aumento das remunerações fixas e encargos sobre remunerações. O número de pessoal afeto à SAD também aumentou, passando de 292 para 305, com acréscimos em órgãos sociais, jogadores e outros colaboradores, e uma diminuição no número de treinadores, de 40 para 35.
Apesar do aumento no número de elementos dos órgãos sociais, houve uma diminuição nos gastos, passando de 468 mil euros para 389 mil euros. Esta redução inclui remunerações variáveis e é explicada pelo Benfica como sendo devido ao número médio de membros dos órgãos sociais que têm direito a receber senhas de presença por participação em reuniões.
Por outro lado, os salários de jogadores, treinadores e restantes colaboradores aumentaram de 41,7 milhões de euros para 45,1 milhões de euros. Este valor inclui atletas da formação com contrato de trabalho desportivo e jogadores emprestados cujos vencimentos são suportados pela Benfica SAD.
Capitais Próprios e Ativo em Crescimento
O capital próprio da Benfica SAD apresentou um crescimento de 15,9%, passando de 113,2 milhões de euros para 131,3 milhões de euros, justificado pelo resultado líquido do semestre. Este valor é considerado um indicador positivo do desempenho económico e da estabilidade da sociedade nos últimos exercícios.
O ativo da SAD também registou um aumento de 2,8%, atingindo 573,4 milhões de euros, explicado principalmente pelo saldo das rubricas de clientes e outros devedores, ativos intangíveis (plantel de futebol) e diminuição da rubrica de caixa e equivalentes de caixa.
Em contrapartida, o passivo desceu 0,6%, situando-se em 442,2 milhões de euros. Este decréscimo é destacado nas rubricas de outros passivos não correntes e de fornecedores e outros credores correntes.
A SAD do Benfica destaca a importância da manutenção de resultados económicos positivos e da recomposição dos capitais próprios, baseada no crescimento das receitas operacionais, no controlo dos gastos e na obtenção de mais-valias com a transação de direitos de atletas.
Para garantir o equilíbrio da tesouraria, a SAD continuará a utilizar empréstimos obrigacionistas como fonte de financiamento e a apostar no desenvolvimento das relações comerciais com a banca nacional e internacional. Na vertente comercial, a perspetiva de um ano de novo crescimento está confirmada, com foco na manutenção dos principais patrocinadores, reforço da vertente corporate, melhoria da experiência de jogo no estádio e fortalecimento dos canais digitais.