A expulsão de Sérgio Conceição na Supertaça, na qual o treinador do FC Porto recusou-se a abandonar o banco, trouxe à memória um incidente semelhante ocorrido com Roger Schmidt, agora à frente do Benfica, durante a sua estadia no Bayer Leverkusen. Em 2016, Schmidt também se recusou a sair após ser expulso por contestar a legalidade de um jogo de Aubameyang contra o Borussia Dortmund. Tal como Conceição, Schmidt resistiu às ordens do árbitro, que acabou por enviar as equipas para os balneários. O jogo foi suspenso por quase dez minutos antes de ser retomado sem Schmidt no banco.
A expulsão na Supertaça foi a 24.ª da carreira de Sérgio Conceição, a 14.ª enquanto treinador do FC Porto. Ele deixou o campo após cerca de cinco minutos de resistência, recolhendo ao balneário depois de uma conversa com o capitão da equipa, Ivan Marcano, e com o árbitro, Luís Godinho. A expulsão de Conceição lança um início de temporada atribulado, logo com um cartão vermelho.
A expulsão de Conceição e a consequente reação do FC Porto suscitam questões sobre a arbitragem. O FC Porto criticou Luís Godinho por seu histórico de expulsões em jogos dos dragões e dos encarnados, indicando uma aparente tendência. O clube menciona também algumas "decisões bizarras" em jogos arbitrados por Godinho no passado.
Este paralelo entre o recém-expulso Conceição e o incidente de Schmidt sublinha a intensidade e a paixão que ambos os treinadores trazem para o campo. Contudo, levanta igualmente questões sobre se essas paixões podem às vezes ultrapassar os limites da conduta aceitável no desporto.