O Tribunal de Matosinhos deu como provado que César Boaventura tentou corromper jogadores do Rio Ave para que perdessem um jogo com o Benfica em 2016. O empresário foi condenado a uma pena suspensa de três anos e quatro meses de prisão e também foi proibido de ser agente desportivo por dois anos. Além disso, ele terá que pagar 30 mil euros a instituições solidárias ou desportivas.
Durante o julgamento, ficou provado que Boaventura abordou três jogadores do Rio Ave, Cássio, Lionn e Marcelo, com o objetivo de prejudicar o clube e falsificar uma competição desportiva. O juiz afirmou que o empresário prometeu vantagens ilegítimas para que eles praticassem atos ilegais.
No entanto, não foi provado que os jogadores tenham alterado ou influenciado o resultado do jogo entre o Rio Ave e o Benfica. Além disso, não foi comprovado que o dinheiro utilizado para os atos corruptivos tenha vindo de Luís Filipe Vieira, antigo presidente do Benfica.
Esta decisão marca mais um capítulo na complexa relação entre César Boaventura e o mundo do futebol em Portugal. O empresário enfrenta ainda outros processos judiciais relacionados com burla, branqueamento de capitais e outras acusações.
O Tribunal de Matosinhos também mencionou a existência de uma relação próxima entre César Boaventura e Luís Filipe Vieira, tanto a nível pessoal como profissional. No entanto, o Benfica não esteve implicado no processo, uma vez que não foi provado que o empresário agiu em conluio com os responsáveis do clube.
Esta condenação reforça a necessidade de combater a corrupção no futebol português e garantir a integridade das competições desportivas. Os adeptos e os próprios clubes devem estar atentos e denunciar qualquer tentativa de corrupção que possa comprometer a transparência e a justiça no futebol.