O empresário César Boaventura foi condenado esta quarta-feira a três anos e quatro meses de pena suspensa, após ter sido considerado culpado de três crimes de corrupção ativa. Os aliciamentos em questão envolviam os jogadores Cássio, Marcelo e Lionn, do Rio Ave, antes de um jogo contra o Benfica na temporada 2015/16.
A justiça concluiu que, em troca de quantias de dinheiro, Boaventura tentou influenciar os jogadores a perderem contra o Benfica. No entanto, o tribunal não encontrou provas de qualquer envolvimento do clube nas ações do empresário.
O juiz do Tribunal de Matosinhos afirmou: 'A intenção era mesmo convencê-los a praticar atos para falsear o jogo com o Benfica. O arguido prometeu a jogadores vantagens ilegítimas para praticar atos ilegais.'
É importante salientar que, apesar da gravidade das ações, não haverá consequências desportivas, uma vez que o tribunal não considerou provada a influência de qualquer clube ou agente desportivo.
Além da pena suspensa, César Boaventura foi também condenado a dois anos de proibição de exercer a função de agente desportivo e terá de pagar 30 mil euros a instituições solidárias ou desportivas.