Se é verdade que o Benfica venceu os últimos sete jogos que fez na Liga, é também inegável que neste percurso, iniciado após o empate na Luz com o Farense naquela noite de altíssima tensão de princípios de dezembro, foram poucas as vitórias sem sobressaltos.
Diante do Estrela, a equipa de Roger Schmidt só apareceu no final da primeira parte, contra o Boavista só respirou de alívio já para lá dos 90 minutos e frente ao Rio Ave só descolou quando se viu em superioridade numérica à hora de jogo.
Neste domingo, o Estádio da Luz viveu uma das tardes/noites mais tranquilas dos últimos tempos, sensação que esteve presente quase do primeiro até ao último minuto de jogo.
Não por ter sido um jogo brilhante dos campeões nacionais, mas acima de tudo pela forma como, ao contrário do que aconteceu em muitas outras ocasiões, não permitiram que o adversário os perturbasse.
A história deste 3-0 do Benfica ao Gil Vicente não é revestida de muitos remates, de posse de bola esmagadora e muito menos de uma imensidão de ocasiões de golo criadas. Mas teve, de sobra, a segurança que este Benfica parecia ser incapaz de alcançar. Tanta que o Gil Vicente só chegou com verdadeiro perigo à baliza de Trubin aos 85 minutos, quando o gigante ucraniano voou para negar o golo a Tidjany Touré.