Sven-Goran Eriksson, conhecido por sua passagem revolucionária pelo Benfica, é um nome que ainda ecoa nos corações dos adeptos encarnados. O treinador sueco chegou ao clube da Luz após conquistar a Taça UEFA com o IFK Gotemburgo, trazendo consigo uma filosofia de jogo que mudaria para sempre o futebol português.
Eriksson introduziu no Benfica uma nova forma de jogar, abdicando do líbero e da marcação individual em prol de uma defesa em zona e pressão ao portador da bola. Com um futebol mais direto, baseado em bolas longas para as costas da defesa adversária, o técnico conseguiu aliar a técnica latina de Portugal e Itália a um rigor tático britânico.
Durante o seu período no Benfica, Eriksson levou a equipa a duas finais europeias, mostrando a sua capacidade de competir a nível continental. A primeira final foi a da Taça UEFA, perdida para o Anderlecht, e a segunda foi a da Taça dos Campeões Europeus, contra o poderoso Milan. Embora não tenha conquistado o título, Eriksson deixou uma marca indelével no clube.
Além do Benfica, o sueco teve uma carreira internacionalmente respeitada, conquistando o segundo scudetto da história da Lazio, além de uma Taça das Taças e uma Supertaça Europeia. Eriksson era um treinador pragmático, obcecado pela geometria defensiva e pela disciplina posicional dos seus jogadores.
No entanto, apesar de todo o sucesso, Eriksson nem sempre tomou as melhores decisões para a sua carreira. Como um cavalheiro de gosto requintado, muitas vezes se aventurou em projetos que não estavam à altura do seu legado. Apesar disso, o seu impacto no Benfica e no futebol português é inegável.
Hoje, os adeptos do Benfica relembram com carinho os tempos em que Eriksson comandava o clube, e sempre lembrarão dele como um verdadeiro revolucionário do futebol.