A recente eliminação do Benfica na Liga dos Campeões e a perda da liderança no campeonato têm levado a uma onda de contestação entre os adeptos do clube. No entanto, a intervenção de Rui Costa, presidente do Benfica, em defesa do treinador Roger Schmidt tem gerado controvérsia no seio da massa associativa encarnada.
António Melo, conhecido ator e fervoroso adepto do Benfica, elogiou a postura de Rui Costa em entrevista ao jornal A BOLA: “Era o que se pedia de um presidente, não há motivos para não defender o treinador.” No entanto, Melo também expressou a sua preocupação com a falta de união entre os adeptos, afirmando: “Eu acho que nos últimos anos houve um genocídio do que é o espírito do Benfica. A contestação é feita de uma outra maneira, e não desta forma que foi feita.”
O ator também abordou o possível interesse em contratar o treinador Abel Ferreira, atualmente no Palmeiras: “Aconselho os benfiquistas a verem essa entrevista [com Abel Ferreira] e perceber que, neste momento, é preciso juntar, unir e seguir em frente. Um treinador que apresentou o futebol do ano passado não pode ser incompetente. Eu sou daqueles que acredita piamente que o Benfica vai ser campeão, se se mantiver a equipa técnica e a vontade de unir e não separar.”
Outros benfiquistas também compartilham a opinião de Melo, acreditando que a equipa vai melhorar com o tempo. Segundo um adepto, os motivos para acreditar são ter um bom plantel e um treinador competente: “Os processos valem mais e levam ao êxito, e não se pode abandonar o processo só por haver contrariedades.” No entanto, alguns adeptos defendem a contratação de reforços em janeiro para fortalecer a equipa.
Quanto à possibilidade de uma mudança de treinador, Melo é contra a ideia de substituir Roger Schmidt a meio da época: “Substituir o treinador no meio da época, no mundo inteiro, a taxa de sucesso é de 10 por cento. No final das contas, no final da época é que se fazem as contas, faz-se o balanço, e decide-se se este treinador em termos de projeto está esgotado e parte-se para outro, ou se é para continuar.”
Apesar das opiniões divergentes, é evidente que a situação no Benfica está longe de ser pacífica. Resta saber como a equipa e os adeptos vão lidar com a pressão nos próximos jogos.