Otamendi emociona-se ao recordar infância: 'Talvez a minha mãe não se alimentasse bem'

  1. Otamendi emocionou-se ao recordar a sua infância e as dificuldades enfrentadas pela sua família antes de se tornar jogador profissional
  2. A mãe de Otamendi acompanhava-o aos treinos até aos 13 anos, mas devido aos custos das viagens já não conseguia acompanhá-lo
  3. Otamendi lembra-se de ir para os treinos com a roupa da escola para comprar o bilhete do autocarro escolar
  4. Otamendi sente uma profunda gratidão pela sua mãe e pelo resto da família, dedicando-lhes a conquista do Campeonato do Mundo

Numa série da Star sobre os campeões do Mundo pela Argentina, Otamendi abriu o coração e partilhou os esforços da sua família de forma emotiva. O defesa não conteve as lágrimas ao recordar todo o sacrifício da sua mãe para apoiar o seu sonho de se tornar jogador de futebol.

'A minha mãe acompanhou-me aos treinos até aos 13 anos. Depois, por causa dos custos das viagens, já não conseguia estar presente. Não tínhamos dinheiro. Eu ia sempre com a roupa da escola para pagar apenas 10 cêntimos pelo bilhete do autocarro escolar. Às vezes só tinha dois pesos [moeda da Argentina] que a minha mãe me dava para comprar algo para comer. Mas eu sabia que lhe custava muito dar-me esse dinheiro. Sabia que era um momento difícil. A minha mãe limpava casas e sabia o esforço que ela fazia para que eu pudesse ir aos treinos. Lembro-me disso até hoje, porque foi um esforço muito grande da minha mãe que me acompanhou muito. Também houve a ajuda do meu pai e dos meus irmãos', revelou Otamendi.

Com várias pausas devido às lágrimas que lhe escorriam pelo rosto, Otamendi expressou a sua gratidão pela mãe e pelo resto da família, dedicando-lhes a conquista do Campeonato do Mundo. 'Sabia que a minha mãe me dava o pouco que tinha para eu poder viajar e talvez ela não se alimentasse bem', disse ele, comovido. 'O meu desejo era dar-lhes este troféu. Não há palavras para descrever o que significava vencer o Campeonato do Mundo com a camisola do meu país', enfatizou o jogador, que, quando era jovem, tinha de apanhar 3 autocarros para chegar aos treinos do Vélez. 'Foi um sacrifício que valeu a pena', concluiu.