O Portimonense perdeu em casa frente ao Arouca por 1-2 na terceira eliminatória da Taça de Portugal, mas deixou uma boa impressão segundo o seu treinador Tiago Fernandes. Apesar do desaire, o técnico algarvio afirmou que a equipa merecia passar por ter criado mais oportunidades de golo e por ter sido mais perigosa durante o jogo.

Por outro lado, o Arouca saiu vencedor numa partida intensa e equilibrada, com boas exibições de ambos os lados, mas acabou por ser eficaz nos momentos decisivos graças a Puche, que marcou os dois golos da sua equipa, e às defesas importantes do guarda-redes Mantl no final.

Análise do treinador do Portimonense

Tiago Fernandes referiu na conferência de imprensa que “fica um sabor amargo porque acho que merecíamos passar esta eliminatória pelas oportunidades que tivemos. O Arouca também as teve, mas não tão perigosas como as nossas. O que fez a diferença foi a eficácia.”

O técnico destacou a superioridade da sua equipa na primeira parte: “Na primeira parte, os algarvios foram claramente melhores. Somaram, pelo menos, duas boas chances para marcar: Ney Silva, aos 37 minutos, rematou à barra; pouco depois, foi o capitão Tamble a ter a baliza à mercê, mas a cabecear ao lado.”

Apesar da derrota, Tiago Fernandes mantém esperança e confiança no desempenho do Portimonense na II Liga, sublinhando que “temos feito bons jogos em casa. É isso que me deixa feliz. A II Liga é muito equilibrada, mas acho que o Portimonense está a crescer e a evoluir e é para isso que trabalhamos todas as semanas.”

O foco no campeonato e a visão sobre a Taça

O treinador reforçou que o principal objectivo está no campeonato: “Não era precisa esta exibição frente a uma equipa da Liga: a equipa está com confiança. O campeonato é a nossa oportunidade. A Taça era um bónus.” Esta abordagem demonstra que a participação na Taça de Portugal era uma oportunidade adicional e que o foco principal é a evolução da equipa na II Liga.

A perspectiva do treinador do Arouca

Vasco Seabra elogiou a qualidade do adversário e a dificuldade da partida, afirmando: “Defrontámos uma equipa que está na Segunda, mas podia estar na Primeira Liga. Tem valores individuais, coletivamente é muito forte. É um adversário muito difícil de defrontar, ainda por mais em Portimão. Fomos justos vencedores, apesar destas duas situações finais em que o Nico faz duas defesas muito boas.”

O treinador valorizou a maturidade e a postura da equipa: “A primeira parte foi muito equilibrada, com boas chances dos dois lados. O resultado ao intervalo era justo: na segunda parte, entrámos melhor, com mais capacidade para ter bola, melhores a pressionar.” O Arouca marcou cedo na segunda parte por Puche, que depois apontou outro golo decisivo, garantindo a vitória da equipa.

O papel dos jogadores decisivos e a performance final

Vasco Seabra destacou a prestação de Puche, que marcou os dois golos da vitória: “Gosto pouco de individualizar, mas, no caso dele, não me importo. É um jogador que tem zero jogos a titular, mas pela energia que tem, pela maneira como treina todos os dias, é incrível. Fico genuinamente feliz pela forma como jogou e pelos dois golos que marcou porque representa o que ele é.”

O jogo ficou também marcado pela importância das defesas do guarda-redes do Arouca, Mantl, que garantiram a passagem da equipa para a próxima eliminatória. O Portimonense despediu-se da Taça com a honra da luta, enquanto o Arouca segue em frente no torneio com uma vitória difícil mas merecida.