O treinador do Arouca, Vasco Seabra, destacou a reação da sua equipa depois de sofrerem o golo de empate no jogo com o Boavista, afirmando que só nesse momento voltaram a ser a verdadeira equipa do Arouca.

«Só a partir do momento em que sofremos o golo do empate é que voltámos a ser Arouca e mostrámo-nos expeditos e a querer vencer», declarou Vasco Seabra após a vitória por 3-1 no Bessa.

## Ansiedade e pressão quando estavam em vantagem

O técnico reconheceu que a sua equipa acusou alguma ansiedade e pressão quando entrou em vantagem numérica e no marcador na segunda parte. «Estando a atuar com mais um jogador e a vencer por 1-0, sentimos a ansiedade e o peso de querermos alcançar três pontos muito importantes. Tivemos mais vontade de guardar o resultado do que de tentar fechá-lo. Estivemos algo passivos, mais lentos na circulação de bola e a não querer correr riscos.»

## Crença e espírito coletivo

No entanto, Vasco Seabra destacou a crença e o espírito coletivo da sua equipa, que lhes permitiu somar os três pontos. «É uma vitória que, apesar de ser oscilante, advém da nossa crença, espírito coletivo e vontade de vencer. Dá-nos um ânimo diferente, porque fizemos sete pontos nos últimos quatro jogos e vamos entrar na segunda volta com outra confiança e paixão.»

O treinador do Arouca admitiu que a sua equipa ainda tem de aprender a lidar melhor com a parte emocional dos jogos. «Temos de saber lidar com esta parte emocional, que vamos encarar até ao final, porque o campeonato é muito difícil. Tivemos dificuldade em lidar com ela neste jogo, mas sentimos que vamos crescer com isso.»

## Domínio na primeira parte

Vasco Seabra considerou que o Arouca foi a equipa dominante na primeira parte. «A primeira parte foi maioritariamente dominada por nós. Tivemos maior iniciativa e capacidade para criar espaços e atacar, ainda que, em alguns momentos, o Boavista tenha procurado colocar mais gente em cima, principalmente através de lances de bola parada. Fomos para o intervalo a vencer bem.»

Questionado sobre a substituição de David Simão ao intervalo, Vasco Seabra assumiu o risco da decisão. «Estava a fazer uma excelente partida, mas o relvado estava muito difícil. Ao errar a receção ou o passe, o Boavista chega perto e podia ganhar ressalto, expondo o jogador ao segundo cartão amarelo. Perdemos o líder em campo, que transmite a liderança do treinador, mas não podíamos correr o risco de jogar com menos um.»

Com esta vitória, o Arouca ascendeu ao 15.º lugar da Liga, com 15 pontos, dois de diferença para a linha de água.