A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou que irá apoiar a recuperação do estádio da Juventude Atlética Pessegueirense, após os danos provocados pelos incêndios que atingiram Sever do Vouga esta semana. O clube filiado na Associação de Futebol de Aveiro (AFA) sofreu avultados prejuízos nas suas infraestruturas, levando a FPF a intervir com o intuito de assegurar as condições necessárias para a continuidade da atividade desportiva.
«O incêndio atingiu a bancada principal do estádio e a respetiva cobertura, a vedação em madeira do campo, algumas zonas do relvado e uma estrutura de painéis solares», explicou Tiago Martins, presidente do Pessegueirense, confirmando que o clube está «a apurar todos os detalhes dos danos provocados».
Apelo à AFA para alteração de jogos
Com cerca de 110 atletas nos escalões de formação, o Pessegueirense vê-se agora obrigado a solicitar à AFA «que as equipas possam continuar a jogar». Tiago Martins adiantou que, «quando se tratar de jogos em casa na primeira volta, pedimos que se altere para jogarmos fora, para termos tempo para também de conseguirmos tratar da reparação das nossas infraestruturas com toda a segurança».
O presidente da AFA, José Neves Coelho, confirmou que «a direção da associação vai reunir-se ainda hoje para apurar a possibilidade a eventuais alterações de calendário». «Alguns clubes já o fizeram e outros estão na iminência de pedir a alteração de jogos. No Pessegueirense não estarão reunidas as condições para que se continue a competir naquele estádio. Quanto aos restantes clubes, vamos avaliando cada situação mediante as condições de segurança necessárias para a realização dos jogos», disse.
Seguro de responsabilidade civil da AFA
José Neves Coelho garantiu ainda que a AFA está «a ser contemplado o acionamento do seguro de responsabilidade civil daquela instituição de forma a apoiar os clubes cujas infraestruturas tenham sido sofridos danos com os incêndios».
Os incêndios que atingem a região centro do país desde domingo já provocaram três mortos e dois feridos graves, além de terem destruído mais de 20 casas e obrigado a cortar estradas e autoestradas. A Proteção Civil estima que arderam pelo menos 10 mil hectares na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro.
